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Interior

Suspeitos de esquartejar e incendiar corpos de casal são detidos após 6 meses

Entre investigados, estão um adolescentes e um homem que já estava detido em um presídio da Capital

Clayton Neves | 15/02/2022 16:19
Corpo foi encontrado carbonizado em área de mata. (Foto: Cristiano Arruda)
Corpo foi encontrado carbonizado em área de mata. (Foto: Cristiano Arruda)

Seis meses após os corpos de Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos, e o marido dela, Pedro Vilha Alta Torres, de 45, a DEH (Delegacia de Homicídios) cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra trio suspeito por matar, esquartejar e incendiar o casal.

Polícia investiga os motivos para o assassinato (Foto: Redes sociais)
Polícia investiga os motivos para o assassinato (Foto: Redes sociais)

De acordo com a DEH, duas mulheres de 31 e 35 anos foram presas temporariamente. A dupla foi detida pelos policiais civis em Ribas do Rio e o prazo para que que permaneçam na prisão é de 30 dias. Na mesma cidade, um dolescente de 17 anos foi apreendido após ser implicado no crime. Ele foi encaminhado para a Delegacia da Infância e Juventude que dará sequência na investigação do menor de idade.

Já nesta terça-feira (15), outro investigado, um homem de 32 anos, também foi preso temporariamente. Ele já estava detido no Centro de Triagem de Campo Grande por outro crime.

Relembre o caso - . O casal foi morto, esquartejado e queimado, antes de ser deixado às margens da BR-262, no dia 16 de agosto, em Campo Grande.

Pedro e Priscila estavam juntos há 12 anos. Se casaram escondidos e tiveram duas filhas. Conforme apurado pela reportagem, o relacionamento foi marcado pelo vício em drogas e por prisões do homem.

Pedro somava vários “pequenos crimes”, como ameaças, furtos, roubos, porte ilegal de arma, além de um homicídio. Tinham também uma condenação de 7 anos e nove meses pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, consequência de processo de 1998.

Esse histórico de envolvimento dos dois com o tráfico de drogas, segundo o relato dos próprios parentes, os levaram a cometer pequenos furtos para manter o vício. Em janeiro deste ano, a mãe da Priscila chegou a procurar a polícia para denunciar que vinha sofrendo constantemente com os crimes dentro de casa.

Eles levavam eletrodomésticos da casa para comprar drogas e os crimes sempre acabam em discussão. Em uma das brigas delas, Pedro ameaçou comprar uma arma e matar os irmãos da sogra. Foi o medo que levou a mulher de 57 anos à polícia.

Conforme apurado pela reportagem, entre as linhas de investigação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), os furtos cometidos pelo casal estão entre possíveis motivações para o crime. O envolvimento com o tráfico na região também é apurado.

Além disso, a execução e a maneira com que os corpos foram deixados, desmembrados e carbonizados, são características dos assassinatos ordenados pelo Tribunal do Crime, realizado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).

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