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Interior

Tensão cresce em MS e fazendeiros pedem medidas urgentes "contra invasões"

É mais um capítulo do cenário de ânimos que voltam a ficar bastante exaltados em Mato Grosso do Sul

Por Gabriela Couto | 24/11/2023 15:15
Onda de acampamentos indígenas em 2012 colocou estado em conflito na região sul. (Foto: Thiago Tormena/Arquivo 2012)
Onda de acampamentos indígenas em 2012 colocou estado em conflito na região sul. (Foto: Thiago Tormena/Arquivo 2012)

O Sindicato Rural de Iguatemi publicou nota após encaminhar ofício a diversos órgãos, solicitando que medidas sejam tomadas pela "paz no campo" na região. O pedido foi feito diante do risco de indígenas tomarem a Fazenda Maringá, que fica na cidade localizada a 466 km de Campo Grande.

Esse é mais um capítulo do cenário de ânimos que voltam a ficar bastante exaltados em Mato Grosso do Sul e surge depois da repercussão do episódio que envolveu ataque contra uma equipe de profissionais que estava documentando o conflito por terra entre guarani-kaiowá e fazendeiros. De acordo com os representantes da categoria, o conflito está inflamado e os produtores estão com medo de novos episódios.

O sindicato encaminhou ofício ao governador Eduardo Riedel (PSDB), à Coordenadoria local da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal), Força Nacional, Exército, Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Prefeitura e Câmara de Iguatemi, dentre outras instituições.

“A ameaça de novas invasões não está descartada, e com isso os produtores e seus familiares seguem com medo dos próximos episódios. Informações dão conta, segundo o Sindicato, que os indígenas querem invadir, nos próximos dias, outras fazendas que estão dentro desse estudo, não só a Maringá, mas a Cachoeira, Nelore, Santa Rita e Vera Cruz”, destacou a publicação.

A região é alvo de processo de estudo de demarcação e enfrenta histórico de crime de invasão desde 2012, segundo o Sindicato. Ao todo, são 40 mil hectares de terras, 46 propriedades rurais, que passam pelo processo.

No documento entregue pelo sindicato, os produtores pontuam que uma das dificuldades no processo é o incentivo de instituições indígenas para as invasões. “Temos notícia de que o Conselho Indigenista Missionário aparece como um dos que estão coordenando e municiando as invasões. Há uma coação de indígenas por parte das lideranças para praticarem os atos, pois se sentem ameaçados. Isso não é novidade”, segundo o ofício.

O sindicato pede que se os proprietários adquiriram de boa-fé suas propriedades, então, que seja respeitado o processo de demarcação.

Foi solicitada, no ofício, a noticiação das invasões e a para que sejam tomadas medidas cabíveis a fim de atuar em prol da paz na área rural deste município, como fiscalizar a atuação da Funai e dos órgãos federais atuantes no município e coibir o descumprimento do direito de retenção previsto pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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