Traficantes adotam corredor fluvial para levar maconha à Argentina
Mais um carregamento de quase sete toneladas foi interceptado ontem no Rio Paraguai e sete traficantes foram presos
Não é apenas a soja produzida no Centro-Oeste brasileiro que está sendo levada para a Argentina em navios que seguem pelo corredor fluvial formado pelos rios Paraguai e Paraná. Os traficantes da maconha produzida no Paraguai também adotaram lanchas e containers para levar a droga à Argentina.
Neste domingo (22), um carregamento de quase sete toneladas da droga foi interceptado pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) na região de Villa Franca, departamento de Ñeembucú. Sete traficantes foram presos.
A droga estava em uma lancha grande, que seguia escoltada por duas lanchas menores. O destino da droga, que saiu de lavouras de maconha perto da fronteira com Mato Grosso do Sul, seria Buenos Aires, capital da Argentina.
Segundo a Senad, entre os sete presos está Jorge Carlino Silva Aguilera, 46, conhecido traficante paraguaio, assim como seus dois irmãos, todos já condenados anteriormente por narcotráfico.
Aguilera é apontado como financiador do esquema junto com seus irmãos. Ele se jogou da lancha e tentou fugir nadando, mas foi preso.
Em 2015, a polícia paraguaia tinha interceptado um carregamento de 13 mil quilos de maconha no barco Assunção B. Os irmãos Aguilera foram condenados como donos da droga. Ao ser abordado pela Senad, o capitão do navio, Óscar Ramón Montiel Ruiz Díaz, 54, se matou com um tiro.
Ontem, além do dono da carga, a Senad prendeu Edson Rubén Ferreira Portillo, 26, Juan Bautista Recalde Figueredo, 23, Martín Alberto Villar, 35, Hernando Mongelós Rodas, 39, Ignacio Brítez Osorio, 30, e Gustavo Ariel Ferreira, 34.