Zauith quer incluir MPE e governo no debate sobre dívida do Hospital Evangélico
O prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB), sugeriu que seja feita uma audiência pública junto ao MPE (Ministério Público Estadual) e o governo do Estado para debater sobre a dívida do Hospital Evangélico do município, estimada em R$ 40 milhões.
A proposta de Zauith foi apresentada durante reunião com o superintendente do Hospital, Eliezer Branquinho, realizada na manhã de hoje. “É preciso que haja uma união de forças por entender que a cidade não pode abrir mão do Hospital Evangélico, principalmente pelo que já fez e pela história que tem em todo o Conesul do Estado", disse.
De acordo com a prefeitura, são repassados para a administração do hospital, em torno de R$ 4 milhões/mês, vindos das três esferas de poder (municipal, estadual e federal). O HE também é gestor do Hospital da Vida e do total de recursos, R$ 2,5 milhões seriam apenas para o Hospital da Vida e aproximadamente R$ 1,3 milhão para custear tratamentos do SUS (Sistema Único de Saúde) no Evangélico.
Crise - A diretoria do Hospital Evangélico informou recentemente que "esta é a maior crise vivida pela unidade". Após o depoimento, funcionários realizaram uma passeata pelas ruas do município no dia 31 de julho, para expor a preocupação com a unidade.
Hoje, superintendência do Evangélico cobrou, em nota, auxílio financeiro do poder público para sair da crise, afirmando que a ação é importante para a continuidade de suas atividades.
O HE alega ter R$ 2,4 milhões para receber da administração municipal por conta de um Termo de Cooperação Mútua para Permuta de Medicamentos assinado em 2009, na época do governo Ari Artuzi. “Ficou convencionado que o município devolveria os medicamentos emprestados no prazo de 90 dias. No entanto, isso não ocorreu, e o HE teve que ingressar com uma ação judicial visando à devolução do empréstimo (...) o Hospital obteve ganho de causa, mas o crédito se encontra em fase de precatório no valor de R$ 2.484.011,03, cujo prazo para o pagamento pode ultrapassar 10 anos”.