Júri de pistoleiro e contratante de execução de vereador será em fevereiro
Neste ano, caso teve reviravolta e prefeito de Alcinópolis foi afastado do cargo
A justiça marcou nova data para o julgamento do pistoleiro e do acusado de intermediar a contratação da execução do vereador de Alcinópolis, Carlos Antônio Costa Carneiro. O júri popular será no dia 24 de fevereiro do próximo ano.
O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, já havia marcado o julgamento para maio deste ano, mas a defesa dos acusados recorreu ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Conforme a denúncia, os acusados Irineu Maciel (autor dos disparos) e Valdemir Vansan (apontado como contratante) agiram por motivo torpe, diante da promessa de receber recompensa, e utilizaram recurso que dificultou a defesa da vítima.
Carlos Antônio, então presidente da Câmara Municipal, foi assassinado no dia 26 de outubro do ano passado, próximo ao Hotel Vale Verde, em Campo Grande. Irineu foi preso em flagrante por policiais civis que passavam no local. Ele foi levado ao local do crime na garupa da moto de Aparecido Souza Fernandes. Ele também foi preso e recorre para não ir a julgamento.
Na delegacia, o pistoleiro relatou que o crime foi intermediado pelo seu cunhado Valdemir Vansan. A morte do vereador teria sido contratada por uma terceira pessoa, cujo nome não foi revelado. Valdemir foi preso horas depois do assassinato.
Versões - Ainda na delegacia, Irineu disse que receberia R$ 20 mil, sendo R$ 3 mil adiantados, pelo crime e que o revólver calibre 38 lhe foi entregue pelo cunhado. O acerto era para “fazer uma pessoa”, cujo nome foi repassado por Valdemir.
Em interrogatório diante do juiz, Irineu deu uma nova versão para o crime. De acordo com ele, o motivo foi vingança porque o vereador o teria humilhado. O pistoleiro também afirmou ser dono da arma utilizada na execução.
Reviravolta – Em julho deste ano foram presos o prefeito de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR), os vereadores Valter Roniz (PR), Enio Queiroz (PR) e Valdeci Lima (PSDB), o comerciante Ademir Luiz Muller e a funcionária da prefeitura Jurdete Marques de Brito.
À época, a polícia afirmou que as novas prisões eram para identificar o mandante do crime. Todos já estão em liberdade.
O prefeito passou 71 dias na cadeia e foi solto por decisão do STJ, sob condição de não se aproximar da prefeitura. Com a prisão, a prefeitura da cidade foi assumida por Alcino Carneiro (PDT), pai do vereador morto. A família de Carlos Antônio denunciou que o crime teve motivação política.