Justiça reduz pena do ex-goleiro Bruno e arquiva crime por ocultação de cadáver
O ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte da campo-grandense Eliza Samudio, teve a pena reduzida em 18 meses, passando de 22 anos e três meses de prisão para 20 anos e nove meses. Além disso, a pena por ocultação de cadáver foi extinta, sob a justificativa de que esse crime já prescreveu.
A decisão foi tomada pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais na sessão desta quarta-feira, 27, na retomada do julgamento de dois recursos, que começou no dia 13 de setembro.
O primeiro era sobre a validade da certidão de óbito de Eliza Samudio, emitido no dia 24 de janeiro de 2013 pelo Cartório de Registro Civil de Vespasiano e autorizado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem. A magistrada presidiu o júri que condenou o goleiro Bruno Fernandes e outros réus pela morte da jovem. O recurso foi negado por dois votos a um.
O outro recurso questionava vários pontos da condenação de Bruno e de Fernanda Gomes de Castro, como a exibição da foto do filho de Eliza para os jurados e a existência de uma investigação paralela sobre o assassinato da jovem. Este recurso foi parcialmente aceito, alterando as penas dos dois apelantes.
Bruno, ex-Flamengo, está preso no Presídio de Varginha, no Sul de Minas Gerais. Ele recebeu autorização da Justiça para trabalhar no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap). O ex-goleiro dará aulas de futebol para crianças e adolescentes assistidos pela entidade de segunda a sexta-feira.
