Maníaco da Cruz é condenado por um de 3 assassinatos
A Justiça condenou o adolescente que ficou conhecido como "Maníaco da Cruz" pelo assassinato do pedreiro Catalino Cardena, 33 anos, ocorrido dia 24 de julho do ano passado, em Rio Brilhante, município distante 160 quilômetros de Campo Grande. O jovem recebeu este apelido porque matava as pessoas e deixava em posição de crucificação.
A setença de 3 anos ao garoto, à época com 16 anos, foi proferida em junho e ele responde também pelas mortes da frentista Letícia das Neves, 22 anos, e da estudante Gleice Kelly da Silva, 13 anos, além de uma tentativa da qual a vítima conseguiu escapar. O caso corre em segredo de Justiça, portanto, não foi informado quantos anos o infrator permanecerá internado.
A frentista foi assassinada exatamente um mês depois do primeiro crime. Ela foi encontrada morta, estrangulada, sem roupas, no cemitério da cidade, em posição de cruz.
No dia 7 de outubro, foi encontrada, em uma construção, a estudante, que foi esfaqueada e o corpo abandonado do mesmo jeito que as duas vítimas anteriores.
Está marcado para 1º de setembro a audiência em que os amigos do adolescente prestarão depoimento à Justiça.
Segundo a investigação feita pela Polícia Civil, o maníaco contou a outros garotos que havia praticado os homicídios. O objetivo é apurar se os amigos contribuíram para os assassinatos.
O maníaco está internado na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã, cidade distante 348 quilômetros de Campo Grande. Ele deverá participar da audiência.
O MPE (Ministério Público Estadual) aponta ainda que o adolescente tentou matar e manteve em cárcere privado outras quatro pessoas, entre elas, uma adolescente de 17 anos.
Três dias após a morte da estudante Gleice Kelly da Silva, 13 anos, o adolescente foi apreendido e confessou os crimes.
O maníaco declarou à Polícia e à imprensa que matou as três pessoas porque elas diziam acreditar em Deus mas não agiam conforme os ensinamentos divinos.