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Cidades

Movimento diz que acampamento em rodovia é para pressionar por reforma agrária

Sem-terra estão às margens da MS-419 em Nioaque. MPL coordena ocupação

Izabela Sanchez | 30/07/2018 17:47
Acampamento quer cobrar rapidez na reforma agrária (Lucimar Couto)
Acampamento quer cobrar rapidez na reforma agrária (Lucimar Couto)

O MPL (Movimento Popular de Luta) afirma que o acampamento acampamento às margens da MS-419, em Nioaque, a 179 km de Campo Grande, que teve intenso movimento neste fim de semana, com a chegada de famílias, começou há 3 meses. Segundo um dos dirigentes estaduais do movimento, Jonas Carlos da Conceição, 38, o objetivo é chamar a atenção do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

“Aquele acampamento surgiu pra reivindicar a celeridade da reforma agrária que vem parada e para desobstruir algumas áreas, algumas fazendas desconfiamos que seja improdutivas, estamos reivindicando vistorias dessas áreas. São famílias que precisam da terra”, afirmou.

Neste final de semana, movimentação intensa de veículos foi registrada no local. Segundo o dirigente, a movimentação decorre de uma reunião. Os encontros, contou, costumam ocorrer durante os finais de semana. O acampamento tem cerca de 250 famílias. O MPL, explicou, representa cerca de 3 mil famílias em todo o Estado.

O local fica ao lado da entrada para as fazendas Renata, Vaticano e Santo Antônio. A superintendência do Incra declarou desconhecer o acampamento. O sindicato rural do município também afirmou não ter ciência do movimento no local.

Perto do trecho ficam as áreas que pertenciam ao líder religioso coreano Reverendo Moon, que há anos está sendo reivindicada para Reforma Agrária.

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