MPE terá que definir promotor para acusar Zeolla
Diante de duas desistências, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, enviou ofício para que o procurador-geral de justiça Paulo Alberto de Oliveira designe um promotor que possa atuar na acusação do procurador de justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla.
Ele pode ir a julgamento pelo assassinato de Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, sobrinho do procurador.
A promotora Renata Ruth Fernandes Goya Marinho, designada para atuar perante a 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, declarou-se suspeita, por foro íntimo.
Como a promotora Luciana do Amaral Rabelo Nagib Jorge está de férias, o processo foi encaminhado ao promotor Renzo Siufi, que também declarou impedimento. Restaria, na sequência de substituições automáticas, o promotor Douglas Oldergado Cavalheiro dos Santos, mas ele está de férias.
Diante do impasse, o juiz solicitou que o procurador geral designe "com maior brevidade possível" um membro do MPE que possa atuar no caso.
Cláudio Zeolla foi morto no dia 3 de março de 2009, na rua Bahia, em Campo Grande, quando o rapaz de 23 anos seguia para a academia de ginástica.
O procurador mandou Etevaldo Luiz Ferreira Machado, à época adolescente, dirigir seu veículo e seguir o sobrinho pela rua. O procurador desceu, atirou na nunca do rapaz e fugiu.
Zeolla alegou que matou o sobrinho porque o rapaz havia agredido o avô (pai do procurador), um dia antes. No entanto, testemunhas dizem que o idoso não foi agredido, apenas teve uma briga com o neto. O procurador aposentado está internado na Clínica Carandá. Ele foi aposentado com salário de R$ 22 mil.