ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

No Estado, 700 pessoas foram 'cobaias' voluntárias de vacina contra dengue

Flávio Paes | 29/12/2015 23:00
Vacina não garante 100% de imunização (Foto:Divulgação)
Vacina não garante 100% de imunização (Foto:Divulgação)

Em Mato Grosso do Sul, 700 pessoas nos últimos quatro anos, de forma voluntária, serviram de “cobaias” para a primeira vacina contra a dengue que teve aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Um destes voluntários, foi o auxiliar administrativo Mateus Berlamino, que tomou a primeira dose experimental da vacina desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi, divisão da Sanofi Pasteur, quando tinha 13 anos de idade. Mateus garante que para ele a vacina funcionou, tanto que nunca teve a doença.

A nova vacina, segundo o médico infectologista José Ivan, em entrevista ao MS TV 2ª Edição, da TV Morena, por conta do seu alto custo (R$ 80,00 por dose, são necessária três), dificilmente o governo terá condições de disponibilizar gratuitamente à população pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Já o secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, o Governo vai manter a estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika vírus e Chikungunya. “A vacina não diminui em nada a nossa responsabilidade no combate ao mosquito. Ela não dá cobertura especialmente ao Zika vírus, que é o nosso grande inimigo. Então, nós não podemos, em hipótese nenhuma, relaxar diante do mosquito”, afirmou.

Para ser comercializada, a vacina ainda depende da definição do valor de cada dose pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, processo que dura em média três meses. De acordo com a Agência Brasil, inicialmente o medicamento será disponibilizado para a rede particular de laboratórios e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS vai avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de imunizações. O governo avaliará custo, efetividade e impactos epidemiológico e orçamentário da incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde.
O secretário Nelson Tavares acredita que a vacina é um avanço importante, mas que não pode servir de desculpa para se descuidar no combate ao mosquito.  A promessa do fabricante é de proteção de 93% contra casos graves de dengue, redução de 80% das internações e eficácia global de 66% contra todos os tipos do vírus.

A vacina é indicada para pessoas entre 9 e 45 anos e protege contra os quatro tipos do vírus da dengue. O imunizante deve ser aplicado em três doses, com intervalos de seis meses.

Nos siga no Google Notícias