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Cidades

Novas provas motivaram a prisão de Puccinelli, afirma Polícia Federal

Movimentação bancária do Instituto Ícone, que pertence do filho do ex-governador, seria evidências do recebimento de propina da JBS, aponta PF

Anahi Zurutuza | 20/07/2018 10:15
Comboio que estaria trazendo presos do Imol chegando à sede da PF em Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)
Comboio que estaria trazendo presos do Imol chegando à sede da PF em Campo Grande (Foto: Marina Pacheco)

As prisões do ex-governador e pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), do filho dele, André Puccinelli Júnior e do advogado João Paulo Calves foram motivadas por provas obtidas com o material coletado na última fase da Operação Lama Asfáltica.

A Papiros de Lama, a 5ª fase da força-tarefa que investiga esquema de corrupção de dimensão considerada incalculável, prendeu Puccinelli, o filho e dois advogados ligados a Júnior no dia 14 de novembro de 2017.

Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Campo Grande após pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) em maio de 2018.

No processo da 1ª instância da Justiça Federal de Campo Grande que resultou na determinação de oito prisões em novembro, “foram juntadas novas provas constantes em relatórios elaborados pela Polícia Federal, pela Controladoria Geral da União e pela Receita Federal”.

Ainda segundo a PF, as movimentações bancárias do Instituto Ícone do Direito – que pertence a Puccinelli Júnior e já teve João Paulo Calves e Jodascil Gonçalves Lopes (o terceiro preso da 5ª fase) como sócios – evidenciaram depósito de dinheiro que seriam de propina paga pela JBS.

A Polícia Federal cumpriu os mandados expedidos na 3ª Vara no início da manhã desta sexta-feira (20). “Os presos passam por exames no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e estão na sede da Superintendência da PF em Campo Grande onde aguardam a disponibilidade das vagas nos presídios correspondentes as suas prerrogativas”, informou a PF por meio de nota.

Papiros de Lama – No dia 14 de novembro do ano passado, policiais federais também bateram nas portas de André Cance (ex-secretário adjunto de Estado de Fazenda), João Maurício Cance, dos empresários João Amorim, João Baird, Mirched Jafar Júnior e Antonio Celso Cortez. Eles foram levados em condução coercitiva para depor.

A PF foi ainda às ruas de Campo Grande, Aquidauana, Nioaque e São Paulo (SP) vasculhar 24 endereços.

Conforme a PF, a operação tem como alvo uma organização criminosa que teria causado pelo menos R$ 235 milhões em prejuízos aos cofres públicos. A soma de R$ 160 milhões em bens de investigados foram bloqueados.

O ex-governador seria o beneficiário e garantidor do esquema de propina com a JBS, que teria repassado no mínimo R$ 20 milhões.

Matéria alterada para acréscimo de informações às 10h51.

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