Operação Jaguar: Secretária de líder também é indiciada
A secretária do escritório de Eliseu Augusto Sicoli, líder da quadrilha que organizava safáris ilegais, também será indiciada pela Polícia Federal no inquérito final da Operação Jaguar.
O inquérito deve ficar pronto na tarde de hoje, de acordo com o delegado PF Alexandre do Nascimento. A secretaria recebia contatos dos caçadores e durante a Operação, tentou esconder partes dos animais e outros objetos que incriminavam Sicoli, em seu escritório em Cascavel (PR). Ela irá responder em liberdade. A PF não divulgou a identidade da suspeita.
Os laudos da perícia de materiais devem ficar prontos esta semana. O delegado disse ainda que nova investigação sobre a caça ilegal de onças deve ser aberta, para apurar a participação de fazendeiros do Estado no esquema.
Da quadrilha, estão presos, além de Sicoli, o biólogo Fernando Chiavenato (preso em Curitiba), o guia Marco Antônio Moraes de Melo (preso em flagrante, em Sinop) e dois envolvidos que moravam em Miranda.
Os turistas que participavam do safári (quatro paraguaios, um argentino e um cabo da PM de Mato Grosso) estão presos em Sinop, junto de Sicoli e Melo.
Com o fim das investigações e as provas relatadas, ainda continuam foragidos o fazendeiro Célio Néri Prediger, que mora em Corbélia (PR) e Antônio Teodoro de Melo Neto, o "Tonho da Onça", residente em Rondonópolis (MT).
Eles responderão por perseguir, caçar ou matar animais silvestres sem permissão, com pena de seis meses a um ano; porte ilegal de arma de fogo, pena de até quatro anos e ainda, formação de quadrilha, que vai de um a três anos de reclusão.