PM reage à quebra de acordo em Operação Las Vegas
Alguns procedimentos da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual durante Operação Las Vegas provocaram a reação do Comando da Polícia Militar.
Nas ações desencadeadas hoje para prender membros da quadrilha que explora jogos de azar, foram quebrados alguns acordos pré-estabelecidos pelas partes que integram a força- tarefa contra a jogatina, reclama a PM que garante ter aberto investigação há 4 meses sobre a participação de policiais no esquema e repassou nomes ao Gaeco.
O primeiro motivo foi cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de um oficial do 10º Batalhão, sem comunicação prévia ao comando da PM. Havia acordo de que qualquer operação contra militares seria comunicada antes, informa a Polícia Militar.
O segundo problema foi o vazamento do caso à imprensa. Antes da operação, o caso foi repassado à emissora de TV, que teve tratamento privilegiado e pode acompanhar as prisões e apreensões na Capital.
Além dos privilégios, a PM protesta pelo fato da divulgação ter colocado em risco as prisões, que deveriam ser feitas sob total sigilo.
No cassino fechado na Vila Planalto, por exemplo, até uma equipe do Fantástico acompanhou toda a ação policial. Em outros pontos da cidade, equipes da mesma emissora faziam a cobertura simultaneamente, antes mesmo das prisões dos acusados.
Uma coletiva de imprensa foi marcada para às 13h30 de hoje, mas o comando da PM resolveu não participar da divulgações por discordar da forma como o trabalho foi realizado.
No fim da manhã, o Ministério Público desmarcou a coletiva, mas ainda não definiu novo horário. A justificativa é que o procurador-chefe precisava de mais tempo para se interar do caso.
O Campo Grande News teve acesso a uma lista com nomes de autoridades que supostamente freqüentavam um dos cassinos em Campo Grande. Cobrado sobre a divulgação desses nomes, o MPE informou que não tinha conhecimento da relação.
(Matéria alterada às 14h02)