Polícia estica, mas promete concluir "logo" inquérito sobre execução
A Polícia solicitou um novo prazo para finalizar o inquérito que investiga a execução do delegado Paulo Magalhães, 57 anos, morto no dia 25 de junho, em Campo Grande. Porém, conforme o diretor geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas, o prazo de 30 dias não será necessário, já que as averiguações estão na fase “bem avançada” e uma coletiva deverá ocorrer na próxima semana para apresentar o resultado da investigação.
“Estamos na fase de produção de algumas provas e em pouco tempo teremos o resultado das investigações. Durante a tarde, vou ter uma conversa com os delegados responsáveis pela investigação, principalmente para saber das diligências realizadas da tarde de ontem até o momento e, em seguida, possivelmente marcar uma coletiva”, afirma o diretor Razanauskas.
O pedido de extensão do prazo ocorreu há cinco dias, quando venceu a primeira data prevista para o encerramento do inquérito policial. “Também temos o prazo da prisão temporária dos presos, no total de dez dias”, diz o delegado, complementando que os policiais finalizam o conteúdo probatório.
Suspeitos: Até o momento, a Polícia possui três suspeitos, identificado como sendo o guarda municipal José Moreira Freires, possível pistoleiro, Antonio Benites Cristaldo, e Rafael Leonardo dos Santos. Apenas o último continua foragido e os dois primeiros negam participação no crime.
O caso continua sendo investigado por agentes da DEH (Delegacia Especializa em Repressão a Homicídios), da 1ª Delegacia de Polícia e do Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos, Assaltos a Bancos e Sequestros).
Crime: Paulo Magalhães foi assassinado no dia 25 de julho deste ano. O delegado aposentado morreu quando buscava a filha na escola, no bairro Jardim dos Estados. Ele foi atingido por cinco dos seis tiros de uma arma de calibre nove milímetros, de uso restrito do Exército.
O assassinato vem causando polêmica e até levou a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) a pedir ao Ministério da Justiça a investigação pela Polícia Federal. A entidade teme que o crime fique impune, como ocorreu com os assassinatos de Edgar Pereira e Eduardo Carvalho.