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Cidades

População deve evitar contato com morcegos e manter cães vacinados

Michel Faustino | 20/04/2015 15:49
Orientação é que população evite contato com morcegos encontrados vivos ou mortos. (Foto: Divulgação/CCZ)
Orientação é que população evite contato com morcegos encontrados vivos ou mortos. (Foto: Divulgação/CCZ)

Mato Grosso do Sul tem ao menos 15 casos confirmados de raiva em animais e um de raiva humana, o que coloca as autoridades de saúde em alerta. A orientação é de que a população evite o contato direto com animais silvestres, como morcegos, por exemplo, e mantenham os animais domésticos vacinados contra a doença.

De acordo a médica veterinária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Ana Paula Nogueira, dois casos da doença foram registrados em morcegos na Capital e por isso, ela ressalta que a população não deve ter contato direto com esses animais, e nem deixar que gatos e cachorros cheguem perto. Desde 2011, nenhum animal havia sido diagnosticado com raiva na Capital e o último caso em humanos ocorreu há 46 anos.

"Se o animal entrou na residência, deve acionar o CCZ solicitando sua retirada, não se deve encostar e nem permitir que animais de estimação cheguem perto, caso o morcego esteja vivo, coloque um balde em cima dele até a chegada da equipe", disse.

Outro ponto que a população deve estar atenta, segundo a veterinária, é quanto a imunização de seus animais domésticos. Segundo ela, é preciso que a vacina esteja em dia para evitar uma possível contaminação.

“É preciso que as pessoas mantenham seus cães e gatos vacinados e evitem que eles fiquem expostos, muito tempo na rua, por exemplo”, diz.

Ana Paula reitera que anualmente o Ministério da Saúde promove campanha de vacinação, no entanto, aqueles que por algum motivo não conseguiram imunizar seus animais nos dias pré-definidos podem procurar CCZ, de segunda a sexta-feira das 07 às 21h.

Doença -A raiva é transmitida por vírus e não tem cura. Seres humanos contraem a doença a partir da saliva de animais infectados, geralmente por mordida. Pelo alto risco letal e de contaminação, qualquer um que corre o risco de contrair a raiva deve receber vacinação antirrábica para a proteção.

O médico infectologista Maurício Pompílio, explica que o paciente com raiva respira com ajuda de aparelhos e está em coma induzido. "Estamos atendendo todos protocolos vigentes na tentativa de salvar o paciente, mas a doença é muito agressiva, muito grave, apesar de não ser transmitida facilmente entre humanos mas, sim, por mordida de animais em humanos".

Ainda segundo o especialista, a doença não é comum em humanos e as chances de cura são quase nulas. "No Brasil, há somente um caso de sobrevivência por raiva, registrado em 2008, em um jovem de Pernambuco que sobreviveu ao tratamento", completa.
Mato Grosso do Sul não registrava caso de raiva humana há mais de 20 anos, desde 1994.

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