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Cidades

Protesto contra aumento no diesel deve chegar à Capital no quarto dia

Mariana Rodrigues | 23/02/2015 19:47
No interior, a paralisação já dura três dias. (Foto: Eliel Oliveira).
No interior, a paralisação já dura três dias. (Foto: Eliel Oliveira).

Após três dias de paralisação nas cidades do interior, o protesto dos caminhoneiros chega a Capital nesta terça-feira (24). No primeiro horário, às 6h, três pontos estratégicos de Campo Grande serão bloqueados, conforme informou o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros, Osni Carlos Belinati.

Os locais escolhidos foram a BR-262 na saída para Aquidauana e para Três Lagoas e BR-163 na saída para São Paulo. De acordo com o sindicato, além de Campo Grande, São Gabriel e Chapadão do Sul também devem aderir a paralisação. São esperados cerca de 2 mil caminhões nas três rodovias nesse quarto dia de protesto.

De acordo com Belinati, o motivo da paralisação é o não cumprimento de alguns acordos feitos entre a categoria e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), no início do mês. Entre as reivindicações estão a redução do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) de 17% para 12%, diminuição da pauta fiscal sobre o óleo diesel e a revogação da portaria do Detran que estabelece a obrigatoriedade na vistoria em veículos com mais de cinco anos.

"O governador nos prometeu a redução do ICMS sobre o combustível e a isenção da pauta fiscal sobre o óleo diesel, que é o nosso maior problema, porém até agora nada foi feito", protestou Belinati.

Os caminhoneiros ainda pedem um índice para remunerar o frete, que segundo o sindicato, está com o mesmo preço há dez anos, além da igualdade no pagamento de impostos tanto para trabalhadores autônomos quanto para os que são ligados a empresas.

O Setlog/MS ( Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul) faria uma coletiva às 17h de hoje para falar sobre as manifestações e as demandas do setor, mas foi cancelada devido a falta de acordo entre a entidade patronal e os funcionários. Uma nova reunião será feita nos próximos dias.

Ainda segundo o presidente do sindicato, as paralisações só vão acabar quando o governador apresentar alguma solução para as reivindicações propostas pelos caminhoneiros. Azambuja tem afirmado que até o meio do ano apresenta a proposta de redução do ICMS do diesel para ser votado na Assembleia, e que por enquanto, os estudos necessários estão sendo feitos.

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