Sem viatura, Samu demora 3h30 para constatar óbito de mulher de 92 anos
O caos na saúde pública de Campo Grande continua causando indignação e revolta nos moradores. Na manhã de hoje, por falta de viatura, uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) levou 3h30 para constatar o óbito de uma portuguesa de 92 anos de idade, na região central da Capital.
Vitália de Jesus da Cruz, 92 anos, morreu no quarto da sua residência na Vila dos Ferroviários. Ela foi encontrada pela filha, que não constatou os batimentos cardíacos e acionou, às 6h de hoje, o Samu. No entanto, a equipe alegou falta de viatura.
Como vários familiares constataram a ausência de sinais vitais, a filha da vítima chamou a funerária para retirar o corpo. No entanto, o corpo não pode ser removido por falta de um atestado de óbito feito por um médico.
A família foi à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Centro registrar boletim de ocorrência. Somente às 9h35, uma equipe do Samu chegou à casa para constatar a morte. O caso revoltou a filha da mulher, que não quis se identificar.
Na sexta-feira, outro problema ocorreu com o Samu. Um homem morreu após a equipe ser chamada. No entanto, a equipe não quis deixar uma cópia do laudo porque a Secretaria Municipal de Saúde determinou economia de papel. A direção do Samu informou que houve mal entendido, mas que o problema já havia sido solucionado. E negou a falta de viatura no serviço.