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Cidades

Sindicato anuncia estado de greve para pressionar por reajuste de 25%

Aline dos Santos | 28/04/2014 10:36
Prefeito teme que reajustes ultrapassem limite previsto em lei. (Foto: Marcelo Victor)
Prefeito teme que reajustes ultrapassem limite previsto em lei. (Foto: Marcelo Victor)

O Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais) faz assembleia e entra em estado de greve a partir desta segunda-feira. A informação foi repassada pelo presidente do sindicato, Marcos Tabosa, antes da reunião com o prefeito Gilmar Olarte (PP), que vai acontecer na manhã de hoje.

O sindicato, que representa 10 mil servidores, quer reajuste de 25% linear (para todos) e encaminhou outros 43 projetos. “São os penduricalhos. Servidor tem bastante produtividade, gratificação”, explica Tabosa.  A assembleia dos servidores será às 19h, no Sisem.

De acordo com o sindicalista, a primeira reunião com o prefeito acontece 24 dias após o protocolo da proposta de reajuste. “No dia 4 de abril, entregamos as propostas dos trabalhadores de 1 a 13. E no dia 10 de abril, para os servidores de 14 a 16. Hoje é dia 28, faltou alguém fazer o dever de casa”, diz. Um a 8 equivale aos servidores com ensino fundamental; 9 a 13 com ensino médio; e 14 a 16, ensino superior.

Com a receita de Campo Grande crescendo a 3%, contra os habituais 17,99%, a Prefeitura já sinalizou que terá dificuldade em atender aos servidores. Em vez dos 25%, deve ser oferecido somente a reposição da inflação: 6,95%.

A proposta de reajuste deve ser enviada para ser votada na Câmara Municipal. Na manhã de hoje, o prefeito recebeu a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), que representa 5.500 professores.

A categoria já tem reajuste de 18,33% previsto em lei. No entanto, há impasse de como o percentual será cumprido. Segundo Olarte, a receita precisa crescer, em média, 15%. O prefeito aponta que a folha de pagamento pode ultrapassar os 51% da receita corrente líquida, ferindo a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Nesta situação, Olarte pode responder por improbidade e os recursos federais para a Capital serem bloqueados. Foi agendada nova reunião para quarta-feira. O prefeito vai pedir parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Segundo o presidente da ACP, Geraldo Alves Gonçalves, o reajuste terá impacto mensal inferior a R$ 12 milhões, sem ameaça à LRF. A categoria, no momento, descarta a paralisação.

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