Testemunhas de acusação do caso Marielly serão ouvidas na 5ª
Audiência em Sidrolândia será a primeira sobre a morte da jovem, ocorrida durante um aborto
Testemunhas de acusação da morte de Marielly Rodrigues serão ouvidas na próxima quinta-feira, no Fórum de Sidrolândia, município que fica a 71 quilômetros de Campo Grande.
Nesta primeira audiência sobre o caso, marcada para começar às 16h20min, vão prestar depoimento testemunhas que moram em Sidrolândia, onde Marielly morreu enquanto fazia um aborto.
O relato de algumas pessoas foi fundamental para ajudar a Polícia Civil a chegar até os acusados da morte: Hugleice da Silva e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes.
De acordo com despacho da magistrada, ambos os réus já apresentaram defesa preliminar e discordaram das acusações relatadas na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual).
Marielly morreu durante um aborto malsucedido, que, segundo relatos de Hugleice e provas da investigação, foi feito por Jodimar, na casa dele, em Sidrolândia.
A morte aconteceu no dia 21 de maio, data em que ela foi vista pela última vez pela mãe, a qual mobilizou parentes, amigos, vizinhos, políticos e a opinião pública para encontrar a filha.
O corpo da universitária foi encontrado em 11 de junho em um matagal de Sidrolândia, em estado de decomposição. Em julho foi decretada a prisão de Hugleice, que até então negava qualquer envolvimento com o caso, e de Jodimar, que continua a alegar inocência.
Após dois dias na prisão, Hugleice, que é casado com a irmã de Marielly, confessou que teve relação sexual com a cunhada, que a levou para fazer aborto na casa de Jodimar, para quem pagou R$ 500.
Hugleice relatou ainda que enquanto esperava a jovem, o enfermeiro o contou sobre a morte e então os dois colocaram o corpo na caminhonete dele e o jogaram no matagal.
A Justiça concedeu liberdade a Hugleice em setembro e Jodimar continua preso.