90% dos que emagrecem, não mantém o peso. Dietas fake
Três décadas de estudos científicos sobre dietas ensinam uma lição pra lá de cética: a longo prazo, 9 em cada 10 pessoas que fazem regimes não conseguem manter o peso alcançado. Por quê? Parece fatalismo, mas seu corpo, sua mente e o ambiente ao redor colaboram para que você volte a comer mais e a engordar novamente.
O corpo contra-ataca.
O primeiro inimigo é seu próprio corpo, que age contra a dieta logo que os resultados aparecem. Quanto mais radical ela for, mais ele contra-ataca. A lógica do corpo é não saber a diferença entre a decisão de comer menos e fome involuntária. Para ele, se há uma constante perda de peso, sua vida está em risco. E trata de guardar energia.
Pneuzinho cresce devagar e sempre.
O carboidrato, na forma de glicogênio, ocupa muito espaço no corpo, é mais vantajoso se livrar dele e armazenar outro nutriente: a gordura. Ela ocupa menos espaço e tem mais calorias. Na prática, pode ser estocada sem limites. Eis o porquê de aquele pneuzinho crescer devagar, mas sempre. No espelho é uma derrota, mas na evolução é uma poderosa estratégia que garantiu a reprodução de nossos genes (a única coisa que interessa). É possível que você seja um adepto das dietas embasadas em muitas proteínas. Elas são fundamentais para construir as células, mas não estão livres para virar energia.
Exceções à regra: os magros de “ruim”.
Claro, há exceções para toda e qualquer regra. Uma delas é invejada por gregos, romanos e moçambicanos: aquele cara que come até “estourar” e nunca engorda. É a hereditariedade. Genes da obesidade têm sido identificados pelos cientistas, e estudos com gêmeos mostraram que a genética contribui com seu peso ente 40% e 70%.
Exercício não emagrece.
É fundamental para a saúde, pessoas que não exercitam tendem a ter uma longa lista de doenças. Mas, para a Organização Mundial da Saúde, há evidências convincentes de que os exercícios não emagrecem. Todavia, como habito de vida, são ótimos para auxiliar a regulação de peso. O fato é que músculos fortalecidos por exercícios consomem mais energia para se manter do que o tecido gorduroso. Ou seja: se você tiver um corpo exercitado, gastará mais calorias mesmo quando estiver na preguiça, fazendo coisa alguma. Só há uma saída eficaz e saudável: reeducar o corpo lentamente, para que ele se acostume com menores quantidades de energia paulatinamente. O resto é balela! Os medicamentos ainda são uma incógnita no que tange a efeitos secundários adversos a longo prazo.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.