A economia do desamor. Há perda de 77% do patrimônio
Talvez o casamento fale de amor, mas é certo que o divórcio fale apenas de dinheiro. Romper uma relação deixa cicatrizes na alma... e um buraco imenso no patrimônio. Entre a sístole e a diástole do coração habita essa fratura entre o sangue que chega e o que sai. A meio caminho entre a vida passada e outra futura. Quarenta anos após a instituição do divórcio no Brasil, um a cada três casamentos termina em separação. Em 1984, os divórcios representavam cerca de 10% dos casamentos. Hoje, são mais de 31%. Nada menos de 7 milhões de dissoluções de casamento ocorreram no país ou 580 divórcios por dia. Escondidas atrás de cada cifra, há uma história que, como nas melhores novelas, um dia foi de amor.
Quando tudo termina, só resta uma viagem, muitas vezes glacial, através de cartórios, advogados, juízes, peritos... profissionais encarregados de dissolver essa vida passada e comum a duas pessoas. Essa rachadura revela um ecossistema extenso que faz que, por exemplo, nos Estados Unidos, a indústria do divórcio gestione US$50 bilhões por ano. Não há esse tipo de estudo no Brasil, mas não resta dúvida que é algo similar. O divórcio é, em qualquer lugar, um pedágio excessivamente caro pois quem passa por essa experiência perde, em média, 77% do patrimônio. Um mundo que se move entre a memória e o que foi uma vez o desejo. O preço de dizer adeus é elevado. O divórcio causa perdas econômicas por várias circunstâncias: perdem a vantagem de compartilhar custos fixos, o processo de divórcio é caro e consome tempo, acrescente a essa fatura os já conhecidos e absurdos impostos, custos cartoriais, advocatícios e judiciais. No fim, os 77% de perda do patrimônio para a média, pode chegar a 80% em casos de litígios.
Colocar o contador da vida a zero é muito complicado. A chave é a palavra e o acordo. Encontrar, entre tanto desalento, uma voz comum. Se a ruptura parte do consenso mútuo, podem procurar o cartório e registrar a melhor forma de separação, aquela que for mais conveniente para ambos... e custará muito menos.
Pena de morte e a igreja.
O Papa Francisco afirmou, que a partir de agora a igreja estará contra a pena de morte. A decisão é grandiosa e histórica. Mas chega dois mil anos atrasada. Ainda assim, deve ser celebrada. A humanidade teria salvada milhões de decisões cruéis que serviram para que nações construídas sob o manto da arbitrariedade e o crime de Estado, mantivessem essa prática por tempo absurdamente excessivo. Isso ocorreu - e continua existindo - fundamentalmente porque tinha o apoio da igreja católica. Agora, caberia à igreja reconsiderar sua posição sobre os verdugos e perante aqueles que lhes deram a ordem. Mas entendem que poderia criar uma terrível confusão na hora de contar a história.
O Papa ordenou. A igreja deve lutar contra a pena de morte. Como ela agirá com as pessoas que têm em suas mãos grande parte da educação? Como seus fiéis brasileiros reagirão frente a essa nova posição?
Vida eterna? Encontraram vermes que estão vivos há 40 mil anos.
Há poucos dias, o "Siberian Times" publicou a descoberta de um grupo de cientistas russos em colaboração com a Universidade de Princeton (EUA). Depois de descongelar e cultivar 300 amostras de vermes que estavam presas no "permafrost" - solo permanentemente congelado - observaram que em duas amostras haviam vermes vivos. Levaram esses vermes para a datação em carbono e verificaram que estão vivos há mais de 32 mil anos em uma das amostras e, na outra, há mais de 41 mil anos.
Os autores - membros da Academia Russa de Ciências - apontam as implicações que seu achado podem ter para compreender melhor a "criopreservação" - a manutenção da vida congelada. Creem que com essa descoberta haverá o aumento das esperanças para encontrar vida congelada em Marte ou na Europa, lua de Júpiter. Também acreditam que novos estudos envolvendo a criogenese receberão incentivos. Todavia, explicam que congelar um organismo e vê-lo vivo anos depois, ainda depende de sua complexidade. Com as bactérias é mais fácil, mas em organismo maiores é muito difícil. O novo limite de tamanho e complexidade está sendo dado agora por esses vermes siberianos. Cientistas norte americanos tentaram congelar moscas Drosophila e não conseguiram recuperá-las com vida.