A educação do Brasil vai mal. O país acordou tarde para esse assunto
A educação brasileira perdeu uma geração e está prestes a perder outra.
A educação brasileira vai mal. Por trás das diversas bandeiras que se hasteiam, incluindo o ufanista "Pátria Educadora", revela-se um país que acordou tarde para o tema. Não faz nem duas gerações que demos direito à educação fundamental para todas as crianças e, que debate muitas propostas, mas encontra raríssimas soluções.
Desde que começamos a medir o nível de nossos alunos, a evolução de nossa educação básica tem sido muito tímida. Podemos contar hoje 20 anos de história sobre o desempenho escolar de nossos estudantes. No primeiro exame, em 1995, cerca de 40% dos alunos de quinto ano tinham um desempenho considerado adequado em leitura e interpretação de texto. Em 2013, último dado disponível, esse mesmo indicador avançou apenas até 45%, ou seja, podemos projetar que os filhos daqueles alunos de 1995 - que hoje, estão na faixa dos 30 anos - não aprenderam muito mais que seus pais. Perdemos uma geração.
Diante dessa constatação, é de se perguntar onde está o problema. Uma das respostas mais comuns, especialmente dos educadores, é a falta de recursos. Há uma simplificação do problema amplificada pelas greves constantes dos professores em busca de melhores salários. Mas eles deixaram de ser "salários de fome"; passaram ao patamar da razoabilidade, ainda que não se aproximem da excelência.
Um dos melhores critérios para entender a decantada "falta de recursos" é estudar o investimento em educação como proporção do PIB. Considerando todos os gastos de municípios, estados e da União, as despesas brasileiras com a educação são compatíveis com o padrão de países mais desenvolvidos. Isto é, o Brasil gasta tanto quanto a média dos mais ricos percentualmente (é claro que em valores reais gasta muito menos, uma vez que nosso PIB é baixo). Segundo a OCDE, em sua pesquisa "Education at a Glance", o investimento público em educação no Brasil é de 5.6% do PIB, enquanto a média dos países ricos é de 5,4% de seus PIBs. Caso nossa economia continue sem crescer, os planos para aumentar o percentual do PIB destinado à educação podem não se converterem em aumento de investimento de fato. De qualquer forma, os problemas da educação vão além de quanto recurso investimos e passa por como gastamos esses recursos. O gerenciamento do dinheiro da educação é péssimo. Tão ruim, que é um verdadeiro milagre o fato da educação brasileira ser razoável.
Para além do Enem, uma das maiores crises do ensino médio é a dos currículos.
O ensino médio é hoje um dos maiores desafios da educação brasileira. Os estudantes chegam tarde ao ensino médio, se é que chegam: 1 em cada 5 jovens de 15 a 17 anos não frequenta escola. A juventude ainda sofre da falta de oportunidades: 1 em cada 4 jovens nem estuda nem trabalha. São mais de 4 milhões de jovens de 15 a 20 anos perdendo a oportunidade de estudar e progredir.
Entre a parcela que alcança o ensino médio, a vida também não é fácil. Eles têm extrema dificuldade de seguir até o fim dado o despreparo advindo do ensino básico. De cada 10 alunos que entram no ensino médio, apenas a metade irá terminar esse ciclo de estudos. Os outros serão reprovados ou abandonarão os estudos.
Além de ruins, os números do ensino médio não têm evoluído. Há dez anos, as matrículas não crescem - permanecem estagnadas em torno de 8,3 milhões de alunos. Nos últimos anos diversas políticas focaram no ensino médio - nenhuma teve alguma efetividade. Diversos especialistas concordam que a raiz do problema está na inadequação do currículo de ensino médio no país, que se mostra pouco atraente e sem significado para os jovens, que percebem um claro descolamento entre a realidade e os conhecimentos ensinados. Além disso, o ensino médio traz baixo retorno financeiro e poucas oportunidades profissionais para seus concluintes.
Apesar do quase consenso sobre a inadequação do currículo do ensino médio, a decantada reforma desse nível de ensino vem se somando a tantas outras, como, por exemplo, a política, sobre as quais todos, ou ao menos a maioria da opinião pública, manifesta-se a favor da ideia geral; mas há pouco ou nenhum entendimento sobre qual reforma deve ser implementada. Um fracasso dispendioso e problemático.
Está na hora de mudar seu estilo de vida?
De nada adianta fazer um esforço para enxugar o orçamento e continuar com os velhos hábitos de consumo. Como em uma dieta, depois de perder peso vem a fase mais difícil: a manutenção do novo estilo de vida. Uma das chaves para isso é comunicar a mudança. É mais fácil emagrecer ao conversar com amigos e com a família e combinar que vocês tentarão atingir o objetivo juntos. Com o dinheiro o raciocínio é o mesmo. Se a pessoa estiver sozinha, ela terá de enfrentar uma inércia maior porque seus amigos e sua família continuarão viajando, saindo, comprando roupas...e ela se sentirá desmotivada. Mudar de ambiente pode ser algo tão simples como deixar de frequentar sites e de seguir páginas nas redes sociais que estimulem o consumo e passar a acessar páginas que discutam sobre investimentos e incentivem economizar.
As dificuldades de envelhecer.
Não existem formas mágicas ou receitas prontas para combater o envelhecimento. A melhor forma de envelhecer é a sua forma. Nunca é demais repetir: ficamos cada vez mais diferentes dos outros conforme envelhecemos, e não menos. Quem procura um modelo para o envelhecimento está perdendo o tempo e o dinheiro: ele não existe. Criar um espaço para um senso de gratidão pelo que resta. Por pequenas coisas, da mesma forma que por coisas maiores. O fundamental é nos lembrarmos que o envelhecimento é um processo que dura a vida toda, não é algo que acontece no final de nossas vidas. As sementes que plantamos são o que colheremos mais tarde. Uma vida longa significa que somos privilegiados, pelo acaso, pela genética ou mera sorte.