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Em Pauta

A grande bagunça na vacinação da segunda dose

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/06/2021 08:17
A grande bagunça na vacinação da segunda dose

Se, para administrar a primeira dose da vacina, a bagunça foi generalizada, para a segunda dose, quebramos o recorde. Esta insaturada a bagunça! E dela, não há a menor possibilidade de sairmos. Enquanto os políticos brincam de disputar quem vence a corrida na primeira dose, a segunda vai caindo no esquecimento.


A grande bagunça na vacinação da segunda dose

1 milhão de pessoas.

Um estudo recentemente realizado, mostra que há, pelo menos 1 milhão de pessoas sem segunda dose em apenas 8 Estados. Não conseguiram dados confiáveis nos demais. A lista dos Estados que sabem que há esse 1 milhão é curta, nela aparece o Mato Grosso do Sul. O secretário de saúde, que sofre de disartria, dificuldade de articular as palavras de forma normal, procura enaltecer seus parcos serviços com a administração da primeira dose. Nem uma palavra sobre a segunda, finge que não é com ele.


A grande bagunça na vacinação da segunda dose

Por que faltou, meu bem?

"Benzinho, por que faltou no dia da segunda dose?", a resposta para o jornalista é clara: "Não sabia, já passou?" A primeira verdade, nua e crua, é que uma parcela dos que não receberam a primeira dose é devido à gigantesca bagunça em que se converteu a administração vacinal. Todos perdidos. Via de regra, anunciam o público de determinada aplicação no dia....e não há segundo dia. Quantos perderam a primeira dose? Também não sabem.


A grande bagunça na vacinação da segunda dose

Covid entre as doses.

Também há uma parcela da população que deixou de procurar pela segunda dose, idiotia da crença de que basta ter a doença para estar imunizado. Ninguém sabe quanto tempo dura essa imunização por doença.


A grande bagunça na vacinação da segunda dose

Não conseguem organizar a vida.

Entre perder o raro trabalho e a segunda dose da vacina, adivinhem com quem muitos ficam? Há uma parcela substancial dos que perderam a segunda dose que não admitem a hipótese de perder o emprego em troca da vacina. Como conseguiram a proeza de sobreviver por quase um ano e meio sem a doença e a vacina, não faltam ao trabalho.


A grande bagunça na vacinação da segunda dose

O tiroteio anti-vacina.

Há, ainda, um percentual da população que simplesmente deixou de comparecer aos postos de vacinação para a segunda dose por ter adquirido a síndrome da imbecilidade. Passaram ou voltaram a crer nos negacionistas, nas teorias do movimento anti-vacina. Essa percentagem está bem clara em São Paulo. Por lá, o governo sabe que algo como 70% dos que perderam a segunda dose são do grupo que tomou a Coronavac. O tiroteio politico-ideológico continua ceifando vidas. Não deve ser muito diferente no Mato Grosso do Sul. Desumanos.


A grande bagunça na vacinação da segunda dose

Ao invés de caçar Lázaro, cacem os que perderam a segunda dose.

Um novo esporte vem sendo praticado no país: a caça ao Lázaro. 400 policiais, 5 helicópteros, cães....uma despesa exorbitante. Mas a população caça o Lázaro pelo noticiário. A caçada no chão, provavelmente, está perdida. Pura perda de tempo.  É só mais um criminoso que fugiu. Deveriam estar caçando, um a um, aqueles que perderam a segunda dose da vacina. Esta seria uma despesa pública eficaz. Mas essa caçada "não dá Ibope", políticos e administradores não aparecerem no noticiário.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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