A louca corrida pelos medicamentos para emagrecer
Não é mole, metade dos brasileiros está com sobrepeso ou obeso. E nem somos os campeões. Estados Unidos, Coreia do Sul e México lideram esse ranking. Atualmente, apenas 2% dos obesos norte-americanos administram algum dos três medicamentos contra a obesidade. Não há números de fregueses dos outros três países. Equivale dizer que, se eles estão vendendo como se fossem pãezinhos quentes, há uma imensa margem da população que ainda comprarão uma dessas injeções. É um negócio bilionário.
Sentir que o estômago está cheio.
Como os três medicamentos funcionam? São chamados no mundo científico de "agonistas do receptor GLP-1". Por trás desse nome estranho eles atuam sobre diversos hormônios intestinais que fazem que as pessoas se sintam "mais cheias". Isso acontece porque os alimentos permanecem mais tempo no estômago. Ao mesmo tempo, estimulam a liberação de insulina no pâncreas. Essas duas ações, reduzem a ingestão de alimentos.
Deu a louca nas farmacêuticas!
A obesidade matará cinco milhões de seres humanos nos próximos anos. As perdas econômicas decorrentes da obesidade são de 30 bilhões de dólares anuais só nos EUA. Por outro lado, o Ozempic está rendendo 16 bilhões de dólares para a farmacêutica que o criou. O Wegoy alcança 7 bilhões, esses dois são dinamarqueses. O norte-americano Zepbound só neste ano viu crescer suas vendas em 30%. Devido a esses números fantásticos, mais de cem empresas farmacêuticas estão correndo atrás de novos medicamentos contra a obesidade. Enlouqueceram. Estão gastando dezenas de bilhões de dólares. Só a Novo Nordisk, criadora do Ozempic e do Wegoy, gastou neste ano 11 bilhões de dólares para ampliar sua produção e criar um novo medicamento ainda mais eficiente. Procuram o Santo Graal da magreza: um remédio bom e barato. Os três existentes são caros.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros
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