A ômicron cresce, mas é controlável com dose de reforço
A comunidade científica já esboçou um primeiro retrato da ômicron. As autoridades sanitárias afirmam que essa variante cresce exponencialmente. Os casos são duplicados a cada dois dias, segundo dados britânicos. A ômicron é capaz de multiplicar-se 70 vezes mais rapidamente que as outras variantes, segundo a Universidade de Hong Kong. Essa universidade também diz que é muito exitoso nas vias respiratórias altas - nariz, fossa nasal, boca, faringe e laringe - o que explica a explosão de contágios. Mas é 10 vezes menos eficiente que seus predecessores nos pulmões, o que sugere menor letalidade.
A grande dúvida está na tormenta de citoquina.
A gravidade dessa enfermidade não está determinada somente pela multiplicação do vírus, mas também pela resposta imune da pessoa infectada. Pode ocorrer a já conhecida tormenta de citoquina, altamente letal. Mesmo essa variante sendo considerada menos patogênica, com a multiplicação exponencial, pode causar mais casos graves e mortes. Essa é a grande dúvida.
Quem tomou a terceira dose com a Pfizer está com 75% de proteção.
A eficácia de duas injeções da Pfizer para prevenir casos leves da ômicron cai, depois de quatro meses, para 35%, segundo a Agência Britânica de Saúde . Com duas injeções de AstraZeneca a proteção para casos leves é de 0%. O mesmo estudo assinala que com a terceira dose da Pfizer a proteção vai a 75%. Para quem tomou a terceira dose da AstraZeneca, a proteção é de 71%.
Explicando o que é crescimento exponencial.
Muitos desconhecem o significado de crescimento exponencial que vem sendo aplicado à ômicron. O exemplo clássico é o da folha de jornal. Uma folha de jornal tem aproximadamente 0,01 cm de espessura. Se dobramos, a espessura passa a ser de 0,02 cm. Se voltar a dobrar, será de 0,04 cm. Se sobrar 10 vezes, a espessura será de 5 cm. Dobrando 15 vezes, a espessura chega à altura de uma pessoa. Com 19 vezes, chegaria à altura de um edifício de 9 andares.