As primeiras crianças surdas que estão ouvindo com a terapia genética
Nas revistas e jornais médicos há uma nova sensação: algumas crianças surdas conquistaram a audição com um terapia muito simples realizada com genes modificados. A cirurgia é muito simples e a criança sai do hospital no dia seguinte da operação. A criança é sedada para fazerem um pequeno corte atrás da orelha. O objetivo é chegar até a cóclea, uma parte do ouvido menor que a unha do mindinho, e introduzir um cateter por onde injetarão a nova terapia denominada "DB-OTO", desenvolvida pela empresa norte-americana Regeneron. Ainda não há fila e nem preço. Está na fase de estudos para saber quanto tempo as crianças continuarão ouvindo após a terapia. Também não sabem se haverá necessidade de outras intervenções no futuro. Mas há uma certeza: as crianças recuperam a audição.
China na dianteira.
Ainda que os pacotes dessa terapia estejam sendo usados à partir dos EUA, foi criada por cientistas chineses. No país asiático, há seis meninos tratados pela terapia genética no fim do ano passado, todos ouvindo perfeitamente. A Inglaterra fez o procedimento em Opal, uma menina surda de 18 meses, que recuperou a audição quase por completo. Nos EUA, trataram Aissam, um menino de 12 anos. A expectativa é que recupere totalmente a audição, mas provavelmente não conseguirá aprender a falar devido a sua idade. Na Espanha, Abril, uma bebê de 15 meses, acabou de passar pela terapia.
Afeta quatro em cada 100.000 bebês.
Com a divulgação acelerada da terapia genética, milhares de pais, na Europa e nos EUA, deixaram para trás a cirurgia de implante coclear que dá esperanças de recuperar a audição. Aguardam a promessa que vem da genética. Os resultados que estão vendo nas primeiras crianças tratadas com essa terapia são descritos como "espetaculares". A incógnita é quanto duram os efeitos do tratamento.