Bebês indígenas brasileiros têm a mesma taxa de mortalidade que bebês africanos
Crianças que não fizeram aniversário. Bebês indígenas brasileiros têm taxa de mortalidade africana.
Uma foto gera comoção no mundo. Um policial turco com um bebê sírio morto em naufrágio calou as vozes europeias que não admitem receber os africanos e árabes fugidos das guerras e da fome. A família da criança não foi aceita como refugiada pelo governo do Canadá e encetou uma viagem de extrema periculosidade. O naufrágio ceifou mais uma vida dentre milhares dos últimos meses.
Falta uma foto de bebês indígenas falecidos no Brasil para calar as vozes da intolerância e incompetência. A mortalidade de bebês indígenas brasileiros tem taxa de mortalidade de refugiado africano. E não para de crescer. Em 13 anos, faleceram 9.663 bebês, segundo o jornal espanhol El País. Em um país com aproximadamente 900.000 índios são mortes comparáveis às dos mais pobres países africanos como S.Tomé e Príncipe ou a Namíbia. Entre o ano 2.000 e 2.013, essa fúnebre taxa saltou de 31,90 para 43,46 (por mil crianças). O aumento de mortes de bebês vai na contramão da quantidade de dinheiro investida pelo governo federal na saúde indígena - saltou de R$431 milhões em 2.011 para R$ 1,4 bilhão em 2015. A situação do Mato Grosso do sul não está entre as piores quando comparada com a da maioria dos Estados. Temos uma taxa de 27,58, mas é uma situação preocupante quando confrontada com a taxa de mortalidade infantil do estado como um todo - 15,4.
Faltam médicos. O problema que se eterniza da falta de médicos não foi resolvido nem mesmo com a chegada dos cubanos nas aldeias. O diagnóstico das nossas 77 aldeias diz que ainda faltariam 33 médicos. Mas esse quadro não pode ser resolvido apenas com mais médicos. O problema é bem maior. Há falta crônica de pessoal, de equipamentos como carros e barcos e de medicamentos. Há surtos constantes de diarreia. A vida das crianças, especialmente as que estão na beira das estradas, agrava a situação da saúde. Apenas os conflitos entre fazendeiros e indígenas aparecem, mas 2.112 pessoas morreram nos últimos 13 anos no Mato Grosso do Sul por causas evitáveis - aquelas que poderiam não ter acontecido caso houvesse imunização, atenção à gestante, ao parto e ao recém-nascido.
O PCC é hegemônico nas cadeias do Mato Grosso do Sul.
O PCC é a maior organização criminosa do Brasil. Está organizada em 22 Estados. Entre 2010 e 2013 o Ministério Público de São Paulo fez uma extensa pesquisa e concluiu que o PCC tinha aproximadamente 8.770 integrantes dentro das cadeias e 2.412 fora. Existem outras 19 facções, mas a maioria delas é cliente do PCC no mercado das drogas, são os "varejistas" desse comércio.
É óbvio que no Estado onde nasceu, São Paulo, o PCC tem um maior número de integrantes - 7.800. O segundo lugar em número de membros desse grupamento criminoso ficou com o Paraná com 626. Logo a seguir vem o Mato Grosso do Sul que contava com 558 membros cadastrados pelo PCC. Nos demais 19 Estados a força do PCC é bem menor que nesses três, não ultrapassando a marca de 250 membros. Pelos números se pode constatar a importância que o nosso Estado tem para os criminosos organizados. O motivo é claro - o tráfico de drogas nas fronteiras.
O atual paradoxo da democracia brasileira: o grau de maturidade das instituições públicas x crise de confiança popular no sistema político-econômico.
Há uma boa notícia em toda a crise que vivemos: as instituições públicas brasileiras alcançaram um grau de maturidade democrática de improvável inversão. Só tendemos a melhorar e não a destruir a democracia. Mesmo com todo o barulho criado, existe uma forte estabilidade institucional. E isso não é pouco. A história do país é rica em quarteladas e desvios constitucionais, rica em descumprimento das leis. Nós passamos por cima das leis em nome das melhores ideias e das melhores intenções. Somos uma população com uma quantidade de leis difícil de encontrar paralelo em qualquer outra região do mundo, mas não as respeitamos.
Por outro lado, essa estabilidade convive com uma crescente crise de confiança tanto no sistema político como no econômico. Os empresários deixaram de acreditar, de confiar nas contas e nos rumos governamentais. A perda dessa confiança é a grande responsável pela crise econômica. Já a população acredita cada vez mais que os representantes eleitos - da situação ou oposição - priorizam suas próprias necessidades dos que as da sociedade na hora de tomar decisões. E não é para menos. A polarização política tem caminhado mais para o desejo de aniquilamento do outro do que para a melhoria do debate em prol da população.
As transparências que faltam na democracia brasileira e a ilusão das contas públicas e das despesas de campanha.
Sejamos bem claros: o país só dispõe de uma aparente transparência que é a das contas dos órgãos governamentais. É uma sopa de letras e de números destinada a atender os anseios de especialistas e de alguns, raros, jornalistas, mas não da população. Para apenas usar um exemplo para uma afirmação tão dura como essa - o que realmente significa "Restos a Pagar"? A resposta é que a quase totalidade da população desconhece que é nesse espaço que está a prova inequívoca de uma boa administração econômica dos governos municipais, estaduais e federal.
As transparências que faltam são as que, provavelmente, devolverão a credibilidade aos governantes. Falta mostrar a eficiência (ou não) da polícia. Como está a ação policial no nosso bairro, na região e na cidade? Quantos assaltos ocorreram no bairro no mês de julho? Em quais ruas ocorreram esses assaltos? Existem lâmpadas nessas ruas? A patrulha policial passou por ela quantas vezes nesse mês? Um sistema semelhante precisa ser criado para a saúde e educação.
Mas, para este momento de crise política, há um sistema de máxima importância a ser melhorado e popularizado: trata-se do sistema de financiamento das campanhas eleitorais. Sem ele, dificilmente encontraremos uma boa resposta da população. Sem rodeios, o lobby empresarial existe e continuará existindo. É uma atividade comum em todas as democracias maduras. O problema á na falta de transparência e de regulação clara de um fato consumado. Quem faz lobby, com que interesse e sob quais regras. Esses são os pontos que devem vir à tona e virar lei, com limites e punições claras. As atuais informações podem ser obtidas nas planilhas do TSE, mas não são visíveis. Com a "transparência" das contas públicas e das despesas de campanha criaram apenas a ilusão de transparência. E essa ilusão apenas alimenta a desconfiança da população. São os ganhos que necessitamos ter da crise que tomou conta do país.
Como driblar as novas dificuldades para adquirir a casa própria.
O dinheiro sumiu e ficou mais caro na Caixa Econômica Federal. Mas, existe a alternativa de "arrumar" dinheiro em bancos privados. Não sabia? Eles também financiam a aquisição de sua sonhada casa própria. Verifique a taxa de juros, benefícios para correntistas, prazo até a quitação e o percentual financiado, que, na maior parte dos bancos privados se mantem nos 80%, mesmo para imóveis usados. E nunca se esqueça da "empurrada" que eles dão - a compra do seguro que costuma ser "obrigatório".
Não pare ai. Faça propostas para mais de um imóvel. Há grande quantidade de apartamentos encalhados nas incorporadoras. Lute por descontos até o fim, há enormes possibilidades de você obter um preço muito inferior ao pedido inicialmente. Preste atenção nas propagandas dos leilões que as incorporadoras estão realizando. Tente negociar permutas para dar a maior entrada possível - inclua um carro ou um imóvel na negociação.