Boa iniciativa: jovens juízes começam a adotar WhatsApp para agilizar processos
Em novembro, a juíza Tamara Gil Kemp, da Vara do Trabalho do Gama (DF), fez sua primeira experiência. Propôs às partes de um processo a criação de um grupo no WhatsApp para uma tentativa de conciliação. O nome do grupo era o número do processo. Depois de cerca de cinco horas com trocas de mensagens, o acordo foi fechado. No dia seguinte foi homologado pela juíza conectada com o século XXI. Por meio eletrônico não há pressão do tempo. Na audiência, o tempo é limitado. Pelo aplicativo, os advogados puderam consultar as partes e responder com mais calma. A juíza diz que se inspirou em experiência similar, iniciada em maio pelo Centro Integrado de Conciliação de Primeiro Grau de Campinas (SP). Há experiências com o uso do aplicativo em várias localidades do país, do Acre a Goiás.
Tempo de férias. Tempo de aprender a arrumar malas para economizar dinheiro e aborrecimento.
Com as pessoas na correria para sair de férias, são boas as chances de elas se verem cercadas de muitas e pesadas malas. Mala grande e pesada é sinônimo de desperdício de dinheiro. Hoje, a maioria das companhias aéreas dos Estados Unidos e da Europa cobram por qualquer mala despachada. Algo com US$25 pela primeira mala e outros US$ 35 pela segunda mala. Acrescente a essa conta qualquer excesso de peso. Seu exagero não custará menos de US$ 100 na ida. Se comprar alguma "coisinha barata" no destino, outros dólares escorrerão de teu bolso. O primeiro passo é usar os tais "cubos de embalagem". São ferramentas organizacionais para comprimir os itens que leva na mala. Assemelham-se aos invólucros de sacos de dormir. O passo seguinte é diminuir o peso. Para isso é preciso possuir os tipos de tecidos certos e apropriados para o clima que suportará. Há materiais leves e finos para a "segunda pele", a roupa mais importante que fica colada a teu corpo. Tecidos dos tipos voltados para a prática de exercícios físicos, como os usados por corredores, são muito bons para isso. Os viajantes experientes usam muito a lã de merino, que é bem fina mas muito quente. É claro que o ideal é o cashemere, muito mais caro, apesar do aumento da oferta dessa lã feita pela China.
Todavia, um dos maiores segredos é repetir uma roupa mais de uma vez. Se você passará 7 dias em viagem, não precisa de 7 partes de cima e 7 partes de baixo. Você precisa apenas de alguns itens versáteis e que não precisem ser lavados constantemente. Os jeans são bons para isso. Tanto para calças como camisas. Mas o maior erro ocorre com os sapatos das mulheres. Você não precisa de 7 pares de sapatos na hipotética viagem de 7 dias. Precisa de, no máximo, 2 pares que combinem com tudo. Outro erro comum está nos cosméticos. Levam, por exemplo, frascos de shampoo tamanho família. São proibidos em bagagens de mão e custam caro nas viagens aéreas. Nunca se esqueça de observar a previsão do tempo em seu destino. Não precisará fazer uma mala para três ou quatro tipos de clima se fará um frio de doer os ossos.
Empresários da maconha faturaram US$ 4 bilhões nos EUA.
A maconha é um dos mercados que mais crescem nos Estados Unidos. Em dois anos, ele passou de US$1,5 bilhão para US$ 4 bilhões. Surgiu uma nova turma de empresários, apelidados de "Ganjapreneur", mistura de "ganja", um apelido da maconha e "entrepreneur", que significa empreendedor. Eles já são mais de 25 mil ganjapreneur e dizem que faturarão, brevemente, US$ 10 bilhões. Tudo "lindo", mas os EUA não adotaram as medidas necessárias para o tratamento de dependentes como, exemplarmente, o fez Portugal. Os EUA só se preocupam em vender, só pensam em negócios e a maconha é um negócio bilionário. Ao contrário da piada do português que erra tudo que faz, seu modelo de liberação do uso de drogas está sendo copiado por todos que tratam o assunto com seriedade. Os portugueses construíram uma rede nacional de clínicas para o tratamento de dependentes antes de liberar o consumo das drogas. Enquanto os dois modelos são debatidos no mundo, os caminhões continuam trafegando, abarrotados de maconha, pelas maltratadas estradas do Mato Grosso do Sul. A polícia diz informalmente que, no mínimo, para cada dez caminhões da erva que passam livremente, consegue apreender um. Abastecem o principal mercado brasileiro - o da insegurança.
Um socialista na Casa Branca?
Enquanto o socialismo passa a ser entendido como populismo em toda a América Latina e dá passos largos para tornar-se liliputiano (extremamente pequeno), um candidato, declaradamente socialista, ganha força na corrida presidencial à Casa Branca.
Neste ano, o Partido Democrata, de Barack Obama, tem uma favorita: a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton. Mas ela tem um forte concorrente, um adversário que vem crescendo nas pesquisas e encantando parcela importante do conservador eleitorado norte-americano. Bernie Sanders é um fenômeno que merece atenção (e preocupação para os brasileiros). Nem tanto pela última pesquisa de intenção de voto entre eleitores democratas, que mostra Hillary com 59% das preferências contra 28% para Sanders. Todavia, a curva de crescimento de Sanders é muito maior que a de Hillary, o que poderá levá-lo a ocupar a posição de candidato dos democratas. Outro fator concorrente pró-Sanders é o vertiginoso crescimento do ultraconservador candidato dos republicanos Donald Trump, que já está tecnicamente empatado com Hillary nas pesquisas para a presidência, assustando os democratas.
Sanders é o primeiro socialista na Câmara e no Senado dos EUA em muitas décadas.
Desde 1920 um socialista não chegava à Câmara. Desde 1950 o Senado não tinha um esquerdista declarado entre seus membros. Sanders derrubou as duas marcas. Mas quem é esse desconhecido para os brasileiros, que só comentam as candidaturas de Hillary e Trump? Ele é um judeu, descendente de poloneses. Fato que por si só aumenta seu potencial eleitoral. Os judeus norte-americanos, além de gregários, não se atemorizam em promover enormes gastos na eleição dos membros de sua comunidade. Nascido no Brooklin, N.York, filiou-se ao Liberty Union Party, conhecido por ter sido o motor da luta contra a guerra do Vietnã. Abandonou esse partido e mudou-se para Burlington, no Estado de Vermont. Virou professor e jornalista.
Sanders é a principal voz no Congresso norte-americano a favor da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta - é o bloco econômico formado pelos EUA, Canadá e México). Sanders também é o líder que labuta contra a política comercial dos Estados Unidos para a América Latina que, para ele, seria excessivamente liberalizante. Daí o problema para o Brasil.
Sanders defende a ampliação total do sistema de saúde implementado por Obama. Para ele, o sistema de saúde deve ser público e gratuito para todos. Também defende uma reforma nos meios de comunicação, dando maiores poderes e verbas para os pequenos veículos de imprensa, em detrimento das colossais redes existentes nos EUA. Uma aposta excessivamente perigosa para um candidato a presidente. Ele ataca os grandes conglomerados industriais poluidores com a mesma desfaçatez das mais radicais entidades ambientalistas. Mas, sua proposta mais ousada é a auditoria das contas do Banco Central dos EUA. Sanders critica o endividamento trilhonário dos EUA frente aos bancos chineses e esboça um não pagamento das dívidas dos norte-americano. É uma possibilidade não tão remota: um ultraconservador contra um socialista. Um embate que os EUA nunca viram.