Brasil será um dos países que mais demorará para sair da crise
"Recuperação desigual", prevê o FMI para a saída da crise econômica no mundo. Quase todos os informes econômicos estão há meses repetindo estas duas palavras. Serão 51 países, dos 192 acompanhados pelo FMI, que não conseguirão recuperar o nível do PIB pré-pandemia, antes do final de 2022. Alguns deles, como a Venezuela e Myanmar, ficaram muito distantes da atividade econômica prévia do estouro.
China, Turquia, Egito e Índia terão os melhores resultados.
No lado oposto, quatro nações do bloco emergente conseguirão os maiores avanços. Entre o começo de 2019 e o fim de 2022, a China crescerá 17%. A Turquia vem logo atrás, com 15% de incremento em seu PIB. A terceira posição, com 12%, está ocupada pelo Egito. A quarta posição é especialmente paradigmática por tratar-se de um dos países que mais sofreram com a covid, a Índia crescerá 10%.
EUA, ruim momentâneamente.
O gigante norte-americano, por seus ambiciosos planos de estímulos fiscais, vive um momento de crescimento de sua dívida externa, que já era enorme. Mas isso é momentâneo. A projeção do FMI é de que voltará aos mesmos patamares de antes da pandemia, e terá ganhos ainda maiores até o final de 2022.
Brasil, ruim agora...e depois.
O Brasil, dentre os maiores países do mundo, só está melhor que a Espanha, nas contas do FMI. Os dois países encabeçam a lista daqueles que mais tardarão em recuperar-se depois de sofrer com as garras da pandemia. Ambos terão grandes dificuldades não só para conseguir um bom ritmo de crescimento, como também enfrentarão dificuldades para estancar o crescimento do endividamento.