Discriminação contra quem tem mais de 30 anos
Na contracultura dos anos 1960, ter 30 anos era uma espécie de data-limite para ser aceito pelos jovens. A música dizia: "Não confie em quem tem mais de 30 anos". Era uma das mais tocadas na rádio. As empresas de alta tecnologia do Vale do Silício (EUA) aderiram a essa discriminação. A idade média dos funcionários do Facebook e do LinkedIn é de 29 anos. No Google é 30. Marck Zuckerberg teria dito: "Os jovens são mais espertos" (mais ou menos espertos, certamente são mais baratos)
Há muitas histórias trágicas de pessoas na casa dos 40 e dos 50 anos aprendendo sobre super-heróis e usando moletons (a roupa "uniforme" dos jovens). Mas é ainda pior. São Francisco (EUA) virou um centro de Botox. Os jovens, passados os 20 anos, injetam esse veneno no rosto, que os deixam sem expressão, apenas para se encaixar no visual de seus colegas com cara de bebê. Só falta inventar algum produto que os deixe com acne.
Mas o Vale do Botox é ainda mais estranho. Há uma nova estrutura organizacional nas empresas. As decisões são tomadas em festa. Centenas de funcionários se reúnem em um salão. A noite começa com um pedido para todos que têm uma ideia a digam para a plateia. Então, cada ideia é designada para uma parte das pessoas que ali estão e, com a música bombando, todos se movimentam para discutir quais ideias os atraem mais. Há cerveja, pizza e muito papo. A "reunião de decisões", mais conhecida como festa, dura horas. É conhecida como "Hack Nigth".
Vejo esse modismo com horror total. Não por achar que isso não funciona. Mas não consigo antever onde se cruzam a seriedade e a festa, a tranquilidade e a exaltação. Também chamam isso de "caos controlado". Considero difícil viver em estado caótico. O verbo que professo é a organização. Como controlar o caos? O que me preocupa não é o que acontece no Vale do Silício. Aceitável por distanciamento. A questão é que essas ideias organizacionais com certeza extrapolarão seus muros. Chegarão ao Brasil (como sempre com atraso).
A decoração infantil de escritórios, com suas cores primárias e puffs, foi inventada por eles, mas há muito se espalhou e está presente nos escritórios brasileiros, chegou a Campo Grande. Se parecem com jardins de infância. É fácil fechar os olhos para essa moda. Mas com a empresa do "caos controlado", não é simples. É um modo de trabalho, um meio de vida que expulsa quem tem mais de 30 anos.
Restaurante emprega avós no lugar de chefs profissionais.
Existe comida mais saborosa que a feita pela avó? Impossível. Comida da avó tem gosto de família, de casa. Essa foi a ideia de um descendente de italiano que fundou o "Enoteca Maria", em York. Ele afirma que sua "nona" (avó, em italiano) o fez se sentir confortável com seus pratos. Assim, decidiu publicar um anúncio no jornal procurando donas de casa para cozinhar pratos regionais. As primeiras nonas trouxeram seus maridos e netos. E fizeram uma festa.
Além das avós italianas, o restaurante hoje conta com uma equipe rotativa de mulheres de 30 países, incluindo a Argentina, República Checa, Argélia e Palestina. O restaurante obteve sucesso e é frequentado por turistas de todo o mundo.
A melhor sobremesa do mundo, segundo Harvard, só tem três ingredientes.
A maioria das nossas sobremesas estão cheias de farinhas refinadas, açúcares e gordura saturada. Parece que estamos condenados a desistir da sobremesa ou a sentir uma alta dose de culpa pelo que comemos. Para alegria geral dos chocólatras, a Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), diz ter encontrado uma sobremesa que considera sã, saborosa e executável em qualquer lugar, em nossas residências ou nos restaurantes.
Harvard está denominando essa sobremesa de "Os Três Prazeres" devido aos três ingredientes que a compõem: chocolate negro, frutas e frutas secas.
As frutas frescas ou secas oferecem vitaminas e sais minerais que ajudam a nos proteger de enfermidades cardíacas e diabetes. Já o chocolate negro tem flavonoides que reduz, ainda que modestamente, a pressão arterial e a resistência à insulina. Os três prazeres são fáceis de serem encontrados e baratos. Suas combinações podem resultar em centenas de receitas. Bom apetite (mas sem exagero).