Do Egito para os celulares, a história das apostas esportivas

Se você conseguir lançar uma pedra ou uma flecha a longa distância, certamente seria um ídolo esportivo egípcio. Milhares apostariam que você venceria seus concorrentes. Não sabemos quanto você levaria do bolo de apostas. Do Egito, o costume foi parar na China. E lá se tornou extremamente popular… até que o budismo e o taoismo fizeram os governantes proibirem essa prática. As religiões quase sempre foram inimigas das apostas. Mas os chineses foram espertos. Para driblar a proibição de apostas em lançamento de pedra e de flecha, inventaram o baralho. E as apostas continuaram...

Brasil não gostava de apostar em gente.

As apostas começaram no Brasil com as corridas de cavalo. No Rio de Janeiro, essa prática floresceu à partir de 1.822, culminando na criação do Jockey Club da Gávea, em 1.854. Imensas multidões frequentavam - e apostavam - naquele recinto. Interessante saber que as corridas de cavalo foram proibidas em 1.831, adivinhe por exigência de qual setor da sociedade. Mas a pressão popular foi grande e as apostas foram liberadas rapidamente.

Loteria federal contra jogo do bicho… a eterna bofetada.

Você sabe porque o jogo do bicho é proibido no Brasil? A verdadeira resposta é bem simples: porque concorre com a loteria federal do governo. Outra perguntinha chata: você já viu algum governante brasileiro criativo? Duvido, apenas copiam outras pessoas. O jogo do bicho foi criado em 1.892, no Rio de Janeiro, pelo Barão João Batista Drummond. A ideia era apresentar uma nova atração e financiamento para seu jardim zoológico, que tinha perdido o subsídio governamental. O zoológico sumiu algum tempo depois, mas o jogo do bicho virou uma mania nacional. Até que, em 1.941 foi proibido não só por pressão religiosa mas também porque o governo desejava arrecadar mais dinheiro com sua antiga loteria (criada em 1.844). Você que adora apostar, logo verá essa “santa união”, entre governantes e religiosos, contra as apostas….menos aquelas que pertencem ao governo. O mais risível é ver bicheiro, e seus coleguinhas, na cadeia, sempre por motivos “morais”, quando, em verdade, são por problemas políticos ou financeiros. A pergunta que faço é: até quando as bets, as casas de apostas esportivas, continuarão legalizadas?

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