EUA: fazendeiros de extrema direita se unem aos índios
Os mapas eleitorais recentes faz parecer que as áreas rurais norte americanas são uniformemente povoadas pelos eleitores de extrema direita. E a sabedoria convencional sugere que eles são, em grande parte, racistas, não aceitam a diversidade cultural. Era assim, não é mais.
A crescente influência das nações indígenas nos EUA, está começando a mudar esse quadro. Fortalecidos por seus direitos conquistados em antigos tratados, os índios estão começando a se unir a seus vizinhos brancos visando desafiar grandes corporações e, para estarrecimento de fazendeiros brasileiros, para preservar os mananciais de peixes. Eles estão chamando de "Alianças improváveis entre fazendeiros e indígenas para defender terras e rios". Estão fundindo o poder da soberania indígena com as queixas de seus inimigos históricos. Parecia impossível, mas a época do cowboy contra o índio está indo para os livros de história e para o cinema de Hollywood. Já vai tarde. Ao se unirem para defender o que chamam de lar, estão protegendo suas terras e águas.
Alianças mais que improváveis.
Desde que os indígenas norte americanos passaram a reafirmar seus direitos pelos peixes, água e recursos minerais, começando em 1960, no noroeste do Pacífico, uma reação de fazendeiros provocou conflitos raciais. Mas a partir do final dos anos 70, algumas nações indígenas começaram a se unir a fazendeiros brancos para bloquear ameaças como o desaparecimento de peixes, mineração, construção de oleodutos, barragens, lixo nuclear e projetos militares.
A preservação dos peixes em Wisconsin.
Há lutas em conjunto nos Estados de Oregon, Washington e Wisconsin. Nos dois primeiros a luta é por reservas minerais. Em Wisconsin, o embate é pela preservação dos peixes. Em uma região, lutam pela preservação do salmão e de mariscos. Em outra região desse Estado, conseguiram parar a construção de uma mina de extração de ferro para preservar os rios que os indígenas há séculos cultivam uma espécie de arroz selvagem e também para que os peixes não desaparecessem dos rios com os dejetos da mina de ferro. Não aceitavam o que acontece em Corumbá, onde os depósitos de dejetos minerais estão próximos de pequenos cursos de água. E venceram.
Enquanto isso, em terras brasilis, índios e fazendeiros brancos continuam onde estão há décadas... acreditando em mentiras de governantes. Desunidos e eternamente derrotados.