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Em Pauta

Falta de planejamento atrasará obras da BR-163

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/06/2016 08:27
Falta de planejamento atrasará obras da BR-163

No leilão de 2013 vencido pela CCR para duplicar a BR-163, o projeto não detalhava a necessidade de uma imensa série de licenciamentos. Como os governantes não se entendem, surgiram obrigações para realizar licenciamentos de toda ordem. Alguns efetivamente necessários, outros, decorrentes do populismo de governos ou de outros interesses. O licenciamento ambiental de alguns trechos da obra arrasta-se nos meandros da burocracia.

Terras indígenas e de quilombolas apareceram no meio da estrada. Sítios arqueológicos surgiram das profundezas da terra. Até acessos a cidades foram cobrados. Todos agindo como se o dinheiro necessário para tantas exigências saísse dos cofres da empresa. Como sempre, quem pagará pelas exigências seremos nós contribuintes, direta - com os pedágios encarecidos, e indiretamente - com as despesas governamentais aumentadas. Existe uma só obra no Brasil que tenha um planejamento minimamente responsável e bem executado no país?

Falta de planejamento atrasará obras da BR-163

FMI diz que o "Brasil necessita de golpe de credibilidade".

O Brasil necessita de um "golpe de credibilidade favorável" que passa por um "acordo político que não parece fácil", para enfrentar os problemas econômicos. "No Brasil, julgo que os economistas coincidem que a forma de enfrentar estes problemas a nível macroeconômico requer um acordo político que viabilize uma correção orçamentária", afirmou Augusto de la Torre, economista-chefe do FMI para a América Latina e Caribe.

Ele também afirma que a correção orçamentária não pode ser "muito contrativa e não agrave em demasia a recessão", e que o Banco Central brasileiro garanta condições para baixar a taxa de juros, para que os "investidores comecem a apostar com mais otimismo no futuro do Brasil". O alto funcionário do FMI ainda afirmou que: "as dificuldades políticas agravam a situação porque geram incerteza, e uma reação dos investidores designada "wait and see" (esperar para ver, em tradução livre), preferem não investir até que a situação política se clarifique".

Falta de planejamento atrasará obras da BR-163

A Quarta Revolução Industrial e a família.

O Fórum Econômico Mundial mostrou para o mundo os perigos da Quarta Revolução Industrial. A perda de empregos será imensa com o avanço da alta tecnologia, os programas de informática e os robôs os eliminarão. É claro que o Brasil, perdido em seus problemas econômicos, políticos e jurídicos, não deu atenção a esse tema que preocupa todas as populações. Mas, há algo diferente acontecendo nos primeiros momentos da nova Revolução Industrial. Há novos laços familiares.

Há 30 anos, quando perguntavam a uma criança qual era o seu herói, a resposta era, inevitavelmente, um desportista, uma estrela da TV ou do cinema, ou figuras públicas, vivas ou mortas, como Jesus. Os heróis eram maiores do que a própria vida.

Agora, a resposta é, frequentemente, o pai ou a mãe. As filhas apontam a mãe. Os filhos apontam o pai. O que é mais revelador ainda, é que os rapazes, para os quais a figura do herói têm mais importância, escolham o pai. A explicação para essa mudança é positiva. Antes, os homens estavam casados com seus trabalhos, hoje, estão mais presentes na educação e na vida de seus filhos. E a tendência é que essa mudança de comportamento seja ainda mais ampliada com Quarta Revolução Industrial. Ela ceifa empregos, mas fortalece os laços familiares.

Falta de planejamento atrasará obras da BR-163

O celular e o lucro.

O primeiro telefone celular pesava um quilo e meio. Vinha em uma caixa do tamanho das que carregam sapatos. A Motorola, em 1973, o criou. Eles eram usados apenas por raríssimos milionários. Nem notícia dele existia no Brasil. O comércio amplo do celular só ocorreria dez anos depois. Em 1983, os primeiros celulares custavam, aproximadamente, US$ 9 mil (valor atualizado), o Motorola StarTac era um "tijolo", dobrável e com uma antena.

Passaram mais de trinta anos. Em 2015, havia 280 milhões de celulares no Brasil. Como essa mudança, tão drástica, ocorreu? Como um luxo restrito a milionários chegou à favela? Nenhum presidente da República deu a ordem. Nenhuma lei foi escrita. Também ninguém foi coagido para fabricar celular. Por que tanta gente dedica a vida a resolver problemas de desconhecidos?

No século XVIII, um professor da Universidade de Glasgow dedicou sua vida a encontrar uma resposta para essas questões. Como professor de filosofia, ele acreditava que uma força maior levava as pessoas a se preocuparem com problemas alheios. Esse escocês era chamado Adam Smith e as conclusões a que ele chegou acabaram fomentando a economia moderna. A resposta de Adam Smith pode ser dada por uma só palavra: lucro. Mais que amor ao próximo, as pessoas cooperam entre si porque podem obter recompensas e vantagens com essa ação. A partir dele, o lucro deixou de ser visto como pecado, imoralidade e se transformou em um fator que une pessoas. Até mesmo os mais egoístas, se comportam, por causa do lucro, como altruístas e vão levar celular à favela.

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