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Em Pauta

Irma, a nona de 93 anos, foi ao Quênia cuidar de órfãos

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/07/2018 09:20
Irma, a nona de 93 anos, foi ao Quênia cuidar de órfãos

A avózinha Irma, de 93 anos, tomou um avião em Milão para ir ao Quênia cuidar de órfãos, durante três semanas. A imagem da vózinha com sua maleta vermelha e uma bengala fez-se viral na Europa.

Quem tornou Irma famosa foi sua neta. Publicou a foto no Facebook com a seguinte nota: "Esta é minha avó Irma, uma menina de 93 anos que foi esta noite para o Kenia. Não a uma aldeia turística como todos fazem, e sim a um povoado de crianças, a um orfanato. Mostrou porque creio que todos devemos manter sempre um pouco de inconsciência para viver e não para sobreviver. Olhem...mas quem a detém? Eu a amo".

A imprensa italiana a está chamando de "Mamy Irma". Seus parentes contam que ela ficou viúva aos 26 anos. Sozinha, criou e educou seus três filhos. Irma apoiou esse orfanato para onde foi por muito tempo. Foi organizado por um missionário de sua região, próxima a Veneza. Não duvidam que Irma fique por lá para sempre. Sempre é tempo de cuidar dos outros. Só custa um fio de cabelo, um minuto da vida. Basta um pouco de coragem e muito amor.

Irma, a nona de 93 anos, foi ao Quênia cuidar de órfãos
Irma, a nona de 93 anos, foi ao Quênia cuidar de órfãos

A criatividade pode ser cultivada ou é genética?

Nascemos criativos ou, pelo contrário, podemos adquiri-la ao longo da vida? No último século e meio os cientistas não deixam de fazer essa pergunta. "The Aspen Institute" têm investigado intensamente a vida e a obra de Da Vinci, Einstein, Newton e Jobs, entre outros modelos de criatividade tentando encontrar uma resposta. A conclusão: o entorno e a curiosidade podem estimular, e muito, a criatividade.

A criatividade está entrelaçada com aqueles que são capazes de sentir curiosidade por todo tipo de conhecimentos. Os mais criativos ama tanto a arte como a ciência, tanto as humanidades como a engenharia e tecnologia. Eles se situam na intersecção de diferentes tipos de matérias.

A Florença de Da Vinci mostra que o que devemos fazer com nossas cidades. Elas devem ser lugares intelectualmente estimulantes. Naquela Florença não só havia um largo espaço para todo tipo de curiosidade, como recebiam bem todos os viajantes. São os árabes que levam a álgebra, que eram mestres, para a cidade onde Da Vinci, Michelangelo Buonarotti, e tantos outros, floresceram suas ideias geniais. Essa Florença não perseguia, não estimulava as guerras. Era um povo que vivia em concórdia e aberto a toda e qualquer nova ideia. Na década de 1470, Florença vivia em constante ebulição de ideias. tolerante com a diversidade de religiões, cor da pele e sexualidade (Da Vinci e Michelangelo eram homossexuais ou bissexuais). Acolhia pessoas do mundo todo. Esse contexto foi decisivo para eles desenvolver todo o potencial.

Esse ambiente podemos vê-lo novamente na Califórnia, 500 anos depois do Renascimento, e também em Berlim, Amsterdam, N.Orleans e Austin. Em geral, são nessas cidades que louvam as diferentes formas de pensar.

Steve Jobs teve tanto êxito porque foi capaz de conectar as humanidades com a tecnologia. O Ipod foi criado porque compreendeu a importância da música no dia-a-dia e o genial que seria ter mil canções em teu bolso. Era um aparelho fácil de usar, bonito e agradável ao tato.

As pessoas indagam o futuro de seus filhos e netos. Como podemos criar crianças para que tenham êxito na era digital? Sem dúvida, ensinando-os a programação de computadores e robôs. É bem provável que as máquinas acabem escrevendo quase todos os códigos que necessitamos, mas a criatividade é o que marcará a diferença naquilo que faremos, que aportaremos para a sociedade.

Irma, a nona de 93 anos, foi ao Quênia cuidar de órfãos

Fake news: somos crédulos ou desconfiados?

A Universidade de Harvard submeteu um grupo de pessoas a informações escritas cheias de dados falsos no contexto de um relato verdadeiro relativo ao caso de um roubo. As pessoas deveriam determinar a alguma condenação. A conclusão foi de que, na primeira fração de segundo em que recebemos a informação, nos acreditamos em tudo. Essa pesquisa vem sendo a referência mundial para entendermos as fake news. Serviu para aprofundar a ideia de nossa tendência à ingenuidade.

Todavia, não existe unanimidade nessa questão. O Instituto Jean Nicod, de París, também realizou algumas pesquisas. O resultado é o oposto. Diz que "somos de natureza desconfiada. As pessoas avaliam a informação que recebem e rechaçam rapidamente aquela que não é plausível.

Também debate que "tudo depende da fonte e do conteúdo". E mais, afirmam que: "Temos mecanismos cognitivos de análises e de decisão". "Não são processos conscientes. Tudo que nos dizem ou nos comunicam é submetido a uma vigilância inconsciente". De acordo com esses franceses "Temos tendência a crer na informação se damos autoridade à mídia". "Antes, a imprensa escrita tinha um nível de autoridade muito elevado, tendíamos a crer em tudo que publicavam. Agora, isso modificou . Em um novo panorama em que proliferaram as fontes de informação, passamos a acreditar muito mais nas coisas que confirmam nossas crenças". Essa é a novidade do século XXI no setor da comunicação. Abraçamos com entusiasmo aquilo que está em sintonia com nossas ideias e rechaçamos aquilo que as contradiz.

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