Leonardo da Vinci inventou o garfo e o guardanapo
Ninguém duvida que Leonardo merece estar no panteão dos melhores pintores e escultores de todos os tempos. O italiano também foi profícuo em invenções. Seus códices mostram inúmeros aparelhos e armas criados por seu cérebro singular. Nos últimos tempos, todavia, com o crescimento de estudiosos da gastronomia, surgiram dois mitos: Leonardo teria inventado o garfo e o guardanapo. Sem dúvida, caso fosse verdade, ambos ganhariam um status considerável.
Coelho para limpar as mãos.
Leonardo teria inventado o garfo e o guardanapo em 1.491. Deixou por escrito em seus diários quando relatava suas visitas como mestre de cerimonias do duque de Milão . Foi ali que teve a ideia de oferecer aos convidados uma maneira mais cômoda de comer espaguete, criando o garfo de três pontas, bem como o guardanapo para evitar que os comensais limpassem as mãos usando coelhos amarrados às cadeiras.
Um livro satírico.
A historia por trás desses dois mitos gastronômicos é digna de um filme. Em 1.987, dois historiadores britânicos publicaram um livro satírico em que narram os falsos interesses culinários de Leonardo. Se tratava de um livro humorístico cujo único objetivo era promover risadas e passar o tempo. Inesperadamente, o livro - como tudo que envolve as façanhas de Leonardo - teve grande vendagem e acolhida entre os críticos da literatura. O mito começou, assim, a vestir o manto da verdade.
Publicam outro livro.
As coisas ficaram ainda mais complicadas quando, em 1.999, publicaram na Espanha o livro “Notas de cocina de Leonardo da Vinci”. Naquele momento, Carlos Capel, famoso e respeitado editor da coleção gastronômica de uma editora, propôs realizar pequenas variações no livro dos britânicos e dar-lhe mais veracidade. Para completar a força desse mito, jornais começaram a divulgar o livro espanhol. Chegaram até mesmo a escrever resenhas. E não parou aí. As redes sociais criaram outro mito envolvendo Leonardo : ele teria inventado a máquina de moer alho.