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Em Pauta

Livres para obedecer. A atual influência nazista no gestor

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/08/2022 08:55
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Na década de 1.940, com as conquistas alemãs na Europa, surgiu a questão de saber administrar os países e empresas que passaram para o domínio nazista, com pouco pessoal, treinado e confiável. Ainda que não apareça nos filmes hollywoodianos, essa era uma questão central.


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"Devemos acabar com o Estado?"

Quem assume a liderança da gestão empresarial nazista é Reinhard Höhn, advogado de direto público, que havia desenvolvido suas ideias na década anterior. Höhn considerava o Estado como um resultado prejudicial do culto à personalidade e do indivíduo "hipostasiado" - aqueles que gostam de trocar a realidade por ficção. Quando, conforme Höhn, o Estado é apenas um aparato de poder.


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Uma comunidade de homens livres que podem viver sem Estado.

Para Höhn, a ideia de Estado tinha de ser mudada. A que estava em voga, era um culto ao Estado, apregoada pelo francês Louis Quatorz, uma mistura francesa, com espírito celta e romano. Höhn defendia uma comunidade de "homens livres", que podiam viver sem Estado e que só precisavam de um líder e um partido estruturante.


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Estado transitório de Höhn.

O Estado era considerado transitório no nazismo. Logo a seguir, pensava que o Führer organizaria seu funcionamento orgânico. Dentro da Alemanha, haveria uma vida harmoniosa, saudável e decente. Fora da Alemanha, uma expansão vital guiada por leis duras. Leis da raça dominante. Assim, as leis eugênicas acelerariam a eliminação de indivíduos "inviáveis".


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Esporte e drogas estimulantes.

Segundo Höhn, os arianos precisavam se fortalecer individualmente para sustentar o corpo social. Isso significava um culto forte aos esportes além do uso de psicotrópicos estimulantes, como a metanfetamina Pervetin, da fábrica Temmler. O Pervetim foi distribuído para todos os trabalhadores e soldados. Surge o culto à performance. Aqueles que obtivessem melhor performance, deveriam ter uma pequena compensação. Höhn entendia que estava dando sequência às ideias de Henry Ford - um adepto entusiasta e colaborador do nazismo. Ford enviou uma mala de dinheiro para Hitler através da nora do músico e compositor Richard Wagner.


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A Academia de Reihard Höhn.

Depois da guerra, Höhn reconstruiu suas redes de ensino de como gerenciar os recursos humanos. Apesar de seu passado nazista, a academia por ele refundada, teve gigantesco sucesso. Höhn abandonou os temas nazistas de raça e de conquista de outros países. Mas, todavia, manteve a ideia de que o Estado deve ser minúsculo, até desaparecer. Ateve-se, principalmente ao ensino voltado à comunidade empresarial. A academia de Höhn teve 600.000 alemães graduados. Seu braço direito foi Franz-Alfred Six, um ex-nazista, cujo manual de marketing teve edições anuais até 1.971. As ideias de Höhn e de Six continuam vivas entre nós.

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