Na mente de um pássaro. Entendem o "zero" e tem um "eu"
O melhor banho de humildade para os humanos está vindo dos pássaros, com menção especial aos corvos. A Universidade de Tubinga, uma das maiores da Alemanha, treinaram alguns corvos para distinguir pequenas quantidades de objetos. Este talento se chama "numerosidade". Tanto nos humanos como nos corvos temos integrado no cérebro uma "linha numérica". Cinco objetos, por exemplo, são representados à direita de quatro objetos, que por sua vez, estão à direita de três objetos. Aprendemos isso nos primeiros anos escolares. Os alemães esperavam obter bons resultados com os corvos na numerosidade. Mas não imaginavam que eles fossem capazes de entender o "zero", um conceito criado pelos sumérios, na Mesopotâmia, há 5.000 anos. É tido como dificílimo.
Reconhecer-se no espelho.
Reconhecer-se no espelho é uma das mais altas funções mentais. É um dos mais importantes sinais de nossa autoconsciência. Somente nós, os golfinhos, os elefantes e os grandes macacos são capazes de tal façanha. Nossos adorados cãezinhos, quando se veem em um espelho, latem, defendendo-se de um "inimigo", não são proprietários de um "eu".
A pega-rabuda (pica pica) se reconhece no espelho.
Uma pequena ave, que pertence à família dos corvos, espalhada pelo mundo todo, menos na América do Sul e Austrália, denominada pega-rabuda (pica pica), foi colocada à prova em frente de um espelho por cientistas alemães. A Universidade de Ruhr Bochum pregou um pequeno papel amarelo na garganta de uma pega-rabuda e a colocou perante um espelho. A ave olhou no espelho e, em seguida, com as patas, tentou tirar o papel, lutando até conseguir. Uma vez jogado o papel no chão, voltou a se olhar no espelho para comprovar que tinha conseguido. O teste foi repetido 47 vezes, com sucesso em todas as tentativas. Ela entra para o seletíssimo clube dos seres autoconscientes.