O agro é partido, o agro é lobby
Estranho país em que os industriais não mandam. Quem comanda Brasília são os homens do agronegócio. Dominam o Legislativo, pressionam o Executivo e influenciam o Judiciário, o setor se configurou como a principal força na política nacional.
O partido do agronegócio é institucionalizado. Funciona no Congresso a partir da Frente Parlamentar do Agronegócio - FPA - , formalizada em 2008. A instituição vem se reunindo semanalmente para definir o que eles chamam de "cardápio da semana": os temas de interesse do setor que serão debatidos em plenário ou nas comissões temáticas, como as de agricultura, meio ambiente ou orçamento. As reuniões e estrutura física desse partido contam com uma estrutura fixa em uma mansão no Lago Sul de Brasília. São financiados pelo setor privado, a partir de um "think tank" - uma fábrica de ideias - chamado Instituto Pensar Agro, por sua vez, sustentado por entidades do setor, como a Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja) e a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
Em 2018, dos 216 deputados listados pela Frente Parlamentar do Agronegócio, 118 são do Sul e Sudeste, 51 são do nordeste e apenas 47 do Centro Oeste e Norte. Pará e Rondônia não estão nessa lista. A FPA, no entanto, não reúne a totalidade dos ruralistas no Congresso, uma vez que a bancada é maior que sua representação institucional. Há o setor financeiro e o que industrializa os produtos do campo como o outro braço da bancada ruralista. O setor se organiza em um sistema político ruralista suprapartidário. A rede começa no poder local, nas prefeituras. Se estende até os corredores de Brasília, configurando o que os italianos chamam de "partido transversal", aquele que está em todos os partidos e verdadeiramente comanda o poder. O agro quer terra, o agro é lobby, o agro é partido, como sugere a campanha publicitária pela TV: " O agro é pop, é tech, é tudo". Você ainda votará em um agro... ainda que não saiba.
Senhor, abençoe esta cerveja
A cada ano, no primeiro fim de semana de setembro, Bruxelas celebra sua tradicional festa da cerveja em honra a Saint-Arnold, santo dos cervejeiros. A capital da Bélgica, acolhe neste ano a vigésima edição desse festival da cerveja. O início das festividades ocorre na Catedral de Saint Gudula.
Duas pessoas portam um barril de cerveja na Grand Place de Bruxelas antes da missa em honor a Saint-Arnold.
Os membros da "Knighthood of the Brewer´s Paddle" assistem à missa frente a um barril de cerveja.
Um sacerdote abençoa um barril de cerveja junto aos membros da Confraria do Brewer´s Paddle durante a missa celebrada em honra a Saint-Arnold.
Um coral canta em frete a um barril de cerveja durante a missa em honra a Saint-Arnold
Holanda e Portugal se destacam nas trocas com o Brasil.
Portugal foi o Estado-membro da União Europeia que teve mais trocas comerciais com o Brasil em termos relativos. A Holanda foi quem mais importou produtos brasileiros e a Alemanha foi o país que mais produtos vendeu para o Brasil. Este é o resumo da pesquisa realizada pela Eurostat.
De acordo com esse relatório, o Brasil foi, no ano passado, foi o décimo segundo parceiro da União Europeia a vender mais produtos para os europeus. No outro prato da balança comercial, fomos o décimo sétimo país a comprar mais produtos europeus. Em ambos casos - importações e exportações - não passamos de 2% no geral. A exceção fica por conta de Portugal que realizou trocas equivalentes a 7,5%, a Espanha com 3,1% e a Eslovênia com 3%. Em termos absolutos, o principal comprador de produtos brasileiros foi a Holanda que gastou nada menos de seis bilhões de euros. Já a Alemanha vendeu oito bilhões de euros para o Brasil.
Em termos globais, a UE registrou em 2017, um excedente comercial de um bilhão de euros, confirmando a tendência que ocorre desde 2012. Anteriormente, o Brasil tinha o braço da balança comercial bastante privilegiado: eram mais de dez bilhões de euros anuais a nosso favor.