O Agro representa mais da metade do efeito estufa
Em 2020, mais da metade das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, foram geradas pela agropecuária (37,8%). A outra parte vem de mudanças no uso do solo , como o desmatamento para a implantação de pastagens, que participa com 23,8% do total desses gases maléficos. Esses dois potentes emissores de gases, somados às emissões causadas pela queima de combustíveis, representam nada menos de 87,4% dos gases de efeito estufa brasileiros. Correspondem a 1,5 bilhão de toneladas de CO2 lançados no ar todos os anos.
O metano do pum do boi.
Entre os gases que causam mudanças climáticas está o metano (CH4). Quando animais que pastam ingerem vegetais, eles são parcialmente processados por bactérias existentes em seus estômagos. Como resultado, essas bactérias produzem metano, que é expelido pelo pum do boi. No Brasil, nada menos de 24,5% dos gases de efeito estufa são provenientes do pum do boi, também conhecido como fermentação entérica. Não há como afirmar que fazendeiro é ambientalista, ainda que raramente lute por melhorias em seu ecossistema.
Municípios do MS estão entre os piores saldos de gases.
Gases estufa são aqueles que têm o potencial de causar mudanças no clima do planeta, por reterem mais calor do sol. Os mais conhecidos são o gás carbônico e o metano. A queima de combustíveis e a agropecuária são os responsáveis pelas grandes emissões desses gases. Por outro lado, as nossas matas e florestas participam decisivamente para capturá-los, retirá-los do ar, fixando-nos no solo e em rios e lagoas. Esse balanço entre emissores de gases e absorvedoras é o denominado saldo de gases.
Muitos gases nas fronteiras.
Há muitos municípios que têm péssimos saldos, emitem muito mais gases que absorvem. A maioria deles fica na Amazônia. Todavia, os municípios do Mato Grosso do Sul situados na fronteira com a Bolívia e o Paraguai, além daqueles que fazem fronteira com São Paulo, também estão entre os que apresentam péssimos saldos de gases.