O direito às férias pagas: 5 dias na China e zero nos EUA
No Brasil, os trabalhadores têm direito a 30 dias de férias pagas. Com os dados do Banco Mundial nas mãos, não é o país mais generoso - franceses, britânicos e alemães, tem oito, seis e dois dias de férias a mais por ano, respectivamente - mas tampouco é o mais mesquinho: a Bélgica, Holanda e Irlanda desfrutam de dois dias a menos. Mas, certamente, somos um oásis quando comparados à China e aos Estados Unidos. A China estipula às férias pagas entre cinco dias e duas semanas, em função da antiguidade. A China está junto com o Canadá e a Tailândia, nesse ranking. E somos um paraíso para os trabalhadores norte-americanos, que não tem esse direito inscrito em suas leis trabalhistas, os EUA estão acompanhados por Tonga, Palau, Kiribati e Ilhas Marshall.
São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as cidades com mais dias de férias.
O ranking de férias remuneradas por países, todavia, não é igual quando se trata de suas principais cidades. O Barein, por exemplo, tem os mesmos dias de férias do Brasil, mas sua capital, Manama, os trabalhadores ganham mais quatro dias. Enquanto a lista de países contempla todos os 190, a das principais cidades é bem menor, só estuda 71 das maiores do mundo. Nesse cômputo, São Paulo e Rio de Janeiro estão juntas com Roma, Lima, Moscou, Luxemburgo, Tallin e Vilna, todas com mais de trinta dias de férias pagas. No outro extremo, com menos de dez dias, estão Shanghai, Bangkok e Pequim. Já nas cidades norte-americanas, as principais estão com duas semanas. A melhor é N.York que dá 27 dias. As piores são Miami, Los Angeles e Chicago, com 14 dias.
As "trabférias" do século XXI.
Outra coisa é a qualidade das férias, inversamente proporcional ao número de ingerências do trabalho que, por obra e graças dos celulares e computadores, não deixa o trabalhador em paz em seu merecido tempo de férias. Estamos nos tempos do "trabférias", um olho descansando e, o outro, grudado no celular, respondendo às necessidades da empresa. Há uma pesquisa, feita no mundo, garantindo que 64% dos trabalhadores admitiam que respondiam chamadas do trabalho durante as férias. A desconexão digital já é um direito em vários países. Nenhum parlamentar no Brasil se deu conta desse problema. Mas estarão em suas portas pedindo seu voto.