O PIB melhorou. O número do desemprego continua o mesmo
A taxa de desemprego ficou em 14,7% entre fevereiro e abril de 2021. Segue no patamar mais alto desde a década de 1970. O número de desempregados se contrapõe à melhora na atividade econômica do país. O PIB cresceu 1,2% nos três primeiros meses do ano. A melhora do PIB, todavia, foi puxada quase exclusivamente pelo setor agropecuário. Um setor que usa menos mão de obra que os demais. E não há qualquer mudança interna nesse setor, apenas vem sendo puxado pela alta internacional das commodities.
A retirada em massa da força de trabalho.
O maior momento da retirada da força de trabalho ocorreu entre março e maio do ano passado. Concorreram para esse fenômeno massivo, o medo da covid e o fechamento de milhares de empresas. De lá pra cá, não houve retomada significativa do número de empregos. O país perdeu 7,4 milhões de postos de trabalho.
Quando teremos empregos no Brasil?
Em primeiro lugar, a recuperação de empregos está diretamente vinculada à taxa de vacinação. E ela é péssima. Passamos quase um mês com a mesma taxa de 11% que tomaram as duas doses. Só há dois dias entramos na taxa de 12% inteiramente vacinado, a única taxa que interessa. Mas ainda que ocorra um gigantesco milagre vacinal, o país não retornará aos níveis de emprego pré -pandemia tão cedo. No fim do segundo semestre, como ocorre todos os anos, haverá um aquecimento sazonal nos empregos. Mas não há chance alguma desse gravíssimo problema ter melhoria enquanto Guedes e seus extremistas estiverem à frente da economia brasileira. Essa pauta não lhe interessa.