O que melhora as chances de resolver um assassinato?
O governo norte-americano vem debatendo como melhorar a eficiência policial. Uma das questões que vem sendo levantada é descobrir o que melhora as chances de resolver um assassinato. Outro debate que vem suscitando surpresas é o tempo gasto pela polícia para resolver crimes graves. A primeira questão está sendo desmistificar que são reduzidas pela metade as chances de resolver um assassinato se não obtiverem uma pista nas primeiras 48 horas.
Polícia de Los Angeles.
A pesquisa está sendo centrada na polícia de Los Angeles. Analisaram os últimos 200 casos de assassinatos e se depararam com o fato de que as pistas dos casos resolvidos levaram alguns dias para começarem a correr atrás de supostos criminosos. A pesquisa sugere que a realidade é, de fato, mais complexa, mas que a chave para resolver um assassinato é simples: dedicar mais horas a ele, o que geralmente envolve mais investigadores. Foram além e pesquisaram as grandes cidades. Em somente duas delas a regra das 48 horas era válida.
Tiroteio é difícil, esfaqueamento é fácil.
Afirmam que 15% dos assassinatos são auto-solucionadores. "Onde há uma arma fumegante e a polícia chega a tempo de presenciar o criminoso e o morto, o caso está solucionado". São casos fáceis. Mas, em geral, os casos de assassinatos por arma de fogo são difíceis. Muitas vezes, o perpetrador e a vítima não se conhecem. Assassinatos sem arma de fogo tem mais probabilidade de resultar de uma discussão e contato direto que aumenta as evidências deixadas na cena do crime.
Prisões e violência doméstica matam mais que narcotráfico.
Uma das conclusões mais surpreendentes da pesquisa é que as prisões e a violência doméstica matam mais que as gangues de narcotraficantes. Também descobriram que assassinatos de negros são menos resolvidos que de brancos.
Mais policiais patrulhando. Como gastam o tempo?
A porcentagem de assassinatos com prisão aumentou com o aumento do número de policiais patrulhando. Descobriram que mais de 30% do tempo de um policial é gasto respondendo a chamadas não criminais e outro percentual elevado com burocracia. Entre 15% a 20% é gasto com o trânsito, de 10% a 15% com os crimes contra a propriedade (roubos) e somente 4% com crimes violentos.