O segredo para não ter Alzheimer: combate hereditário
Até agora, havia uma lista de lugares onde vivem grande número de pessoas que atingiram 100 anos. Esses lugares são chamados Zonas Azuis e os idosos, jocosamente de Liga dos Centenários, em referência à Liga dos Super Heróis. Itália, Japão, Grécia, Califórnia e Costa Rica compõem a Lista Azul. Os Países Baixos, antiga Holanda, aspiram entrar nessa seleta lista. E é de Amesterdam, sua capital, que vem a mais recente pesquisa sobre Alzheimer.
2006 mulheres e 392 homens.
Os Países Baixos contabilizam 2006 mulheres e 392 homens centenários, É um número bastante elevado, mesmo em um país de 17 milhões de habitantes. O Hospital Universitário de Amsterdam vem acompanhando 332 holandeses dessa geração desde 2013. Apesar de que com a idade acumularam as proteínas relacionadas ao Alzheimer - beta amiloide e Tau -, esses idosos resistem às suas nefastas consequências - à perda de memória e incapacidade de entender o meio onde vivem.
Frits e seus 10 irmãos.
Tem tudo para montar um roteiro cinematográfico. Um desses idosos, acompanhado pelo Hospital da Universidade de Amsterdam, Frits Brockhus, tem 102 anos e 10 irmãos. Duas irmãs também chegaram aos 102 anos, uma terceira foi além, chegou aos 103 e outra aos 98 anos. Os dois irmãos que restam tem 98 e 95 anos. Somente um irmão faleceu aos 52 anos. Todos lúcidos e perfeitamente ativos. É uma família digna da Liga dos Centenários. Todos têm a beta amiloide e a Tau.
Há algo que combate à ação maléfica das proteínas do Alzheimer.
A pesquisa não discute a hereditariedade das proteínas beta amiloide e Tau. Vai no caminho inverso, procura descobrir a substância que combate à ação dessa proteínas maléficas à memória e cognição. A pesquisa detectou que a maioria dos idosos que segue tem essas proteínas, mas elas não produzem nenhum efeito. Qual substância bloqueia os efeitos do Alzheimer? Eles acreditam que esse elemento ainda desconhecido seja a chave hereditária no combate ao Alzheimer.