Ômicron na África diminue tão rápido quanto aumentou
A curva de casos de covid na África do Sul, onde foi identificada pela primeira vez a ômicron em meados de novembro, e onde é majoritária, mostra uma clara tendência de queda nos últimos dias, depois de alcançar um maximo de casos diários em 17 de dezembro. Nessa data, chegou a mais de 23 mil casos novos. À partir de então, o número de casos entrou em queda. No último domingo, estava em 15.000 casos. Acreditam que, ainda nesta semana, chegará à metade. Aumento e redução em velocidades espantosas.
Onda curta e poucos casos graves.
A curva dessa onda de covid na África do Sul, onde a ômicron é dominante, se assemelha a uma montanha muito íngreme, muito mais que as ondas anteriores, mas a queda tem a mesma verticalidade da subida. Essa velocidade de queda está sendo bem recebida pela comunidade científica internacional, mas com prudência.
70% a 80% menos severa.
Os dados procedentes da África do Sul também sugerem que a ômicron é entre 70% e 80% menos severa que a variante delta. Mas é difícil extrapolar esses dados para outros paises, como o Brasil, pois só 26% da população da África do Sul tomou as duas doses da vacina.
UTI só para quem não vacinou.
Há, ainda, outro dado fundamental. Há raríssimos casos de pessoas duplamente vacinadas na UTI. A regra por lá é: só há não vacinados na UTI. Essa sim é uma condição que deve ser extrapolada para o Brasil, e para todos os países.