Os Neros que habitam a Câmara de Vereadores
Em 18 de julho do ano 64 da era cristã, Roma ardeu em chamas. Quem a governava era um Imperador que ainda causa calafrios. Nero era um tirano. Autoritário, vivia luxuosamente menosprezando a sabedoria dos cidadãos de sua cidade. Esteve sempre voltado a artimanhas e conspirações em seu proveito, jamais de seu povo. Os relatos indicam que Nero tocava displicentemente sua harpa e saboreava uvas enquanto a cidade era tomada pelo fogo. Uma mente perturbada e manipuladora. Cruel.
Campo Grande assemelha-se à Roma de Nero. O fogo de Roma é o buraco de nossas ruas. A manipulação é o engodo que meteram os trabalhadores da Omep e da Seleta. O autoritarismo está na desfaçatez do total abandono dos postos de saúde e dos hospitais. Ou no destino do lixo e dos materiais de demolição. A crueldade está estampada no abandono dos mais humildes que estavam no Cetremi.
Enquanto a desordem se alastra pela cidade não se vê uma única ação de nossos vereadores para resolver os inúmeros problemas. A desfaçatez dos (não tão) nobres edis é tamanha que ao invés de buscarem soluções para o povo, discutem aumentos salariais para seus próprios bolsos. Mas devemos "colaborar" com as dificuldades dos vereadores, eles não têm harpas. Ao invés de aumentos salariais, harpas para os Neros. Caso não saibam o que fazer com o instrumento musical, basta pedir algumas aulas ao prefeito. Restariam as uvas. Ou ovos?
Uber têm prejuízo gigantesco de US$ 800 milhões
A Uber acumulou perdas superiores a US$800 milhões no terceiro trimestre de 2016, segundo a Bloomberg e o Financial Times. Para piorar, nos primeiros nove meses de 2016, os prejuízos chegaram a US$ 2,2 bilhões, apesar do aumento das receitas.
A empresa, com sede em São Francisco (EUA), faturou US$5,5 bilhões, face aos US$3,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. A encrenca está na guerra de preços da Uber com a concorrente Lyft, nos Estados Unidos, os imensos investimentos nos futuros táxis sem motoristas que vem fazendo, na expansão dos serviços de entrega de alimentos denominado UberEats e na sociedade que montou com a Didi Chuxing, a principal rival na China.
O mi-mi-mi de uma geração
Há diferença entre ser velho, idoso, antigo, gasto e clássico. Quando estou com a estima em alta, vejo-me como um "clássico". Quando em baixa, sinto-me como um modelo fora de linha, com má manutenção e sem peças originais para conserto.
Dizem que os 60 são os novos 30. Pode ser, mas é difícil. O problema é que, eu e meus pares, estamos há três décadas na meia-idade. O correto seria idade-inteira. Há muito acabou a meia-idade.
Vivemos em uma espécie do Dia da Marmota geracional. Nunca chega a hora do descanso com os netos, de sermos
considerados sábios, de podermos falar (talvez praticar) asneiras à vontade, de sermos inimputáveis. Ou seja, velhos.
Como continuamos ativos, convivemos com os distintos membros da geração Y, também conhecidos como Millenials - um povo nascido nos anos 80 - gente saudável, corada, criada com leite da melhor qualidade, televisão no quarto, Danoninho e colinho da mamãe até os 20 anos de idade.
Sim, os Millenials são mimados. Sempre foram. Pelos pais, pelos tios, pelos professores que nada exigem e pelas marcas. Daí eles se acharem a ultima bolacha do pacote.
Muitos de nós, velhotes, tivemos de começar a trabalhar muito cedo para alcançar alguma coisa na vida. Vivíamos em um mundo de escassez e disciplina férrea. Nada era fácil para ninguém. Só não era pior que a vida de nossos pais.
Já os Millenials são impossíveis de agradar. Estão sempre migrando de moda em moda. De marca em marca. De sabor em sabor. De cor em cor. Parecem um arco-íris: nunca estão onde pensamos estarem.
A Coca-Cola, que é a Coca-Cola, anda dando milhões de garrafas para se reinventar pois os Millenials querem refrigerantes saudáveis. Daí até a Coca-Cola ter lançado uma versão em que o rótulo é verde e adoçada com stevia. Um horror duplo. Coca Cola verde é tão verde como uma freira que trabalha em uma casa de prazeres inconfessáveis. Cheira a mentira e tem gosto de mentira.
Mi-mi-mi é uma expressão que sublinha o fato de alguém estar exagerando uma reação negativa. Estar com mi-mi-mi é fazer birra, ter uma atitude infantil diante de algo. Os Millenials são muito criativos, mas andam, constantemente, com mi-mi-mi. Talvez seja a geração Mi-Mi-Mi Millenial. Mas sempre devemos nos lembrar que o velho que nunca sorriu é um triste, o jovem que nunca chorou é um tolo.
Seu filho adolescente abusa da bebida alcoólica?
O binômio álcool-adolescente sempre causa inquietação para os pais. É verdade que os pais devem inquietar-se, a idade média de início de consumo de álcool é de menos de 14 anos. Mais de 70% dos jovens entre 14 e 17 anos consumiu álcool neste ano. O consumo de álcool na adolescência não é um problema de poucos e sim um problema social. Mas, quais são os sinais de que um adolescente está abusando da bebida alcoólica?
1. Comportamento errático nas noites. É habitual que o adolescente ao chegar em casa após sair com os amigos, entre em seu quarto rapidamente. Os especialistas recomendam que os pais troquem duas palavras com eles. Se andou bebendo, seu hálito o delatará. Principalmente se estiver com cheiro de chiclete, tentando camuflar os odores do álcool. Mas, calma. Não é hora de iniciar uma sessão de discussão.
2. Chega avermelhado e se move vagarosamente. Aproveite o momento da chegada para observar se o rosto do adolescente está avermelhado e como funcionam seus movimentos. O desequilíbrio é sinal importante para detectar uma bebedeira, bem como uma conduta desinibida e certa euforia. No dia seguinte poderá mostrar-se mais apático e inapetente.
3. Bruscas mudanças de humor. Os pais notarão empobrecimento do vocabulário, diminuição da comunicação verbal e afetiva, irritabilidade, altos e baixos de humor, diminuição ou aumento do apetite, choro frequente, ansiedade e transtorno do sono.
4. Mudança de amigos. Uma mudança súbita de amigos pode ser um sinal do consumo exagerado de álcool, especialmente se essa mudança estiver acompanhada de segredos.
5. Desmotivação. O abandono de suas atividades habituais de diversão, a despreocupação com os estudos e a perda de responsabilidade são outros sinais importantes. Talvez a resposta seja só uma: a garrafa.
Os avôs
Quando ficamos velhos é como se uma gaze, que antes ofuscava a vida, se dissipasse. Na juventude a pressão da necessidade impede a percepção da improbabilidade de nossas vidas, que na velhice nos assalta fazendo com que tudo pareça notável. A velhice nos dá olhos novos.
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