Os povos que andam pelados não beijam. A origem do beijo
Surpreendente, uma minoria de povos beija. Pesquisa realizada em 2015 analisou 168 culturas diferentes e descobriu que o beijo sexual só é praticado em 48% delas. Vale ressaltar que nessa conta não estão povos que beijam no rosto, como forma de cumprimento.
Pelados não beijam.
Essa mesma pesquisa descobriu que quanto mais roupa um povo usa, mais ele beija. Não encontraram o beijo lascivo, sexualizado, em sociedades caçadoras-coletoras, aquelas que denominamos indígenas. Só há uma exceção: os inuites - também chamados esquimós - que vivem no Ártico. A explicação dada pelos cientistas que conduziram a pesquisa é que para povos pelados outras partes do corpo ficam expostas ao toque e à aproximação. Como os incites-esquimós mantém apenas o rosto descoberto, devido ao frio intenso, necessitam cheirar-beijar. O beijo origina-se do cheiro.
Um macaquinho beijou uma macaca.
De onde veio o ato de encostar as bocas? A evolução diz que teria vindo do ancestral comum que temos com os chimpanzés e bonobos, que também tem o costume de beijar na boca. Há beijo que alimenta - de mães que mastigam alimentos para filhos - e há beijos apenas carinhosos. Muito bem, há consenso nessa tese. Só há um porém: como o beijo passou a ter conotação sexual? O mais provável é que tenha ocorrido uma evolução do ato de cheirar possíveis parceiros.
Cheirando, cheirando e beijando.
Pense bem, cães, felinos, primatas, roedores e todo tipo de mamífero escolhe seus parceiros pelo odor. E isso também vale para humanos. Uma pesquisa famosa de 1.996 mostrou que as mulheres escolhem preferencialmente parceiros com um sistema imunológico diferente - e complementar - ao delas . E descobrem essa diferença pelo cheiro. A pesquisa foi feita pedindo a elas cheirarem camisas usadas por homens que elas não conheciam. Classificaram algumas como repugnantes. Outras, emitiam odores muito atraentes.