Os veganos chegaram para ficar
Há cinco anos, identificar-se como um vegano era considerado como uma excentricidade ou uma atitude esnobe. Chatos! Hoje, o semanário inglês The Economist batizou 2019 como o ano em que o veganismo se tornou "mainstream", entrou para o mundo dos que se tornarão dominantes. Talvez seja exagero dos ingleses, mas os números mostram o enorme crescimento dessa tendência. E ter um amigo anti-carne já não é um incômodo. De fato, já encontramos comida veganas por toda parte.
Veganismo não é uma dieta.
Convém, todavia, aclarar que o veganismo não é uma dieta e sim uma atitude. Tornar-se vegetariano é seu primeiro passo lógico. Em seguida, entra na vida, a aquisição de sabonetes e sabões sem ingredientes de origem animal. A escolha de roupas de algodão ou sintéticas no lugar das de couro ou lã. E vem a parte mais difícil do veganismo nacional - exigir as informações de todos os processos de produção. O veganismo também não compra roupas e demais produtos que utilizem mão de obra infantil e modos pouco respeitosos para com o meio ambiente. Em suma, bem estar animal e ética.
As novidades do mundo vegano.
O veganismo lançou sua primeira pasta dental enriquecida com vitamina B12, o nutriente de que o veganismo carece. Também começam a surgir os primeiros partidos veganistas. A eleição europeia mais próxima desta data ocorreu na Espanha. O partido do veganismo, denominado Pacma. - Partido Animalista Contra o Maltrato Animal - superou a marca dos 326.000 votos. Surpreendeu a todos os analistas políticos.
Os veganos europeus se tornaram mais condescendentes, mais flexíveis. Já aceitam em suas fileiras os denominados "flextarianos", aqueles que consomem majoritariamente produtos de origem vegetal, comendo ocasionalmente carne ou peixe.
No Brasil há 14% de vegetarianos.
Pesquisa do Ibope mostrou que 14% da população brasileira é considerada vegetariana. E mais, o crescimento do vegetarianismo nas metrópoles foi de 75%. E nada menos de 55% dos brasileiros afirmam que comprariam mais produtos vegetarianos se estivessem indicados na embalagem. Não há dúvida, é mais uma má noticia para os pecuaristas locais (há poucos dias mostramos a avalanche no consumo da carne de mentira, a carne produzida só com vegetais). Mas os veganos vieram para ficar.