Por que não há um Viagra para mulheres?
Não há remédio que elas possam tomar para ter mais prazer sexual. As empresas farmacêuticas gastaram milhões de dólares em busca de um medicamento assim, mas não encontraram nada até agora. A questão para as mulheres não é de disfunção erétil, mas frequentemente uma condição chamada de "distúrbio de interesse" ou "distúrbio de excitação sexual".
Não é fluxo sanguíneo.
Até onde a ciência conseguiu entender, não há relação com o fluxo sanguíneo. A questão é mais difícil, está ligada com o desejo. Muitas mulheres que sofrem disso - algo em torno de um quinto delas - não sentem desejo sexual e nem fantasiam com sexo.
Antidepressivos?
Pesquisadores acreditam que isso esteja ligado a redes hormonais e de neurotransmissores no cérebro. As soluções que buscam serão menos parecidas com o Viagra. Serão algo similar a antidepressivos, provavelmente.
Relação entre mente e corpo.
Essas drogas que vem sendo estudadas, levantam questões que existem há muito tempo da relação entre mente e corpo. A disfunção sexual feminina seria algo do corpo ou da mente? Também havia essa dúvida quando estudavam os homens. Hoje, sabe-se que para homens é um simples problema de boi-hidráulica corporal. Encheu de sangue, temos ereção. Esvaziou, acabou a ereção. Exatamente como um cano cheio ou vazio de água. Mas, para elas, não é assim.
Meio complexo, meio complicado.
A resposta sexual feminina parece ser um problema mais complexo, com uma ligação mais forte com a mente. Para a ciência, por enquanto, parece que os homens são simples e mulheres, difíceis. Não há, ainda, um caminho certo.