Portugal: Referência mundial no controle de drogas
Guerra às drogas! Essa a declaração do ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, em 18 de junho de 1971. No melhor estilo faroeste, a política passou a ser: tragam os drogados e traficantes vivos ou mortos. Foram derrotados. O efeito foi o inverso. Quanto mais propagandeavam o combate armado às drogas, mais dependentes e narcotraficantes apareciam em todo o mundo.
Também foi assim em Portugal. Não havia família sem um dependente. E continuou crescendo até 1999. Há 20 anos o pequeno país europeu deu giro nessa política que o converteram em uma referência mundial. O maior caso de sucesso no planeta.
A simples e correta mudança portuguesa.
Primeiro debateram no parlamento as medidas a serem tomadas. Nada de politicagem. Nada de ciências duvidosas. Começaram preparando uma ampla rede em seu sistema de saúde para salvar a vida dos dependentes químicos. Organizada a rede de saúde, liberaram o consumo de 10 doses de uma determinada substância ilícita. Mas o mais marcante foi a mudança de sensibilidade para com dependentes: deixaram de ser tratados como delinquentes, aplicaram programas de atenção, substituíram heroína por metadona, procuraram tratar de todas suas enfermidades. Os resultados não tardaram a chegar.
Queda no número de dependentes, HIV e população carcerária.
O consumo de heroína e cocaína teve uma queda vertiginosa. Saiu de 1% da população lusa para 0,3%. Hoje, é residual, nem querem medir. As infecções de HIV entre os consumidores de drogas também quase desapareceu. Foi de 104 novos casos por ano por milhão de habitantes para 4 novos casos por milhão. A população carcerária por motivos relacionados a drogas baixou de 75% para 45%.
Povos inteligentes, a Holanda e a Suíça começaram a copiar muitas das políticas portuguesas relacionadas com as drogas. É óbvio que os brasileiros, povo excessivamente inteligente, não copiará os risíveis portugueses. Continuarão a contar a última piada do português... E passarão por infinitas derrotas.