Precárias e inúteis serão as novas classes sociais
Futuro do trabalho
A precariedade no trabalho se converteu na nova normalidade. O toque de marcha a diante foi dado na crise de 2008. A partir de então, essa nova classe social não para de crescer. Uma nova classe social forjada por péssimas condições laborais e uma vida na austeridade como mantra social. Foi icônica a greve de trabalhadores da cadeia de hotéis Marriott, que passou desapercebida no Brasil. Proclamaram que um único trabalho deveria ser suficiente. Para quem se interessa pelo assunto, a Eldorado radiografia do precarizado está no livro de Guy Standing, denominado "El Precariado" (existe versão em inglês e em espanhol).
A classe inútil.
Outra classe social que vem sendo estudada pelo famoso historiador Yuval Noah Harari (autor de "Sapiens") é a classe inútil. O israelita mais famoso da atualidade afirma que em 2050 só existirão duas categorias de pessoas: as empregadas e as não empregadas. O deslocamento das pessoas com menor qualificação e dedicadas a tarefas mais rotineiras será causado especialmente pela automatização e pela inteligência artificial.
Quantos milhões de postos de trabalho desaparecerão?
Existem numerosos estudos que tentam quantificar quantos milhões de postos de trabalho desaparecerão com a disrupção digital. Quase todos mostram que essa transformação (ainda) é muito cara. Também mostram que faltam talentos para usá-las e mantê-las (especialmente no Brasil). Tampouco é certo que as substituições do homem pela máquina venham a ocorrer em bloco. Mas nenhum deles dúvida que os trabalhos mais rotineiros e mecânicos desaparecerão em pouco tempo. Só os mais criativos persistirão, é o consenso dos estudiosos.
O Financial Times junto com a consultoria McKinsey desenharam uma calculadora para a qual você possa perguntar qual a probabilidade de um robô te substituir no trabalho: